sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

RÁDIO – Jogo Aberto debate caos na saúde

O caos na saúde pública em Belém será um dos temas em debate neste sábado, 31 de janeiro, no Jogo Aberto, um programa da Rádio Tabajara FM 106.1, comandado pelos jornalistas Carlos Mendes e Francisco Sidou. Diretor do Sindsaúde, Carlos Costa já confirmou presença no programa, que vai ao ar todo sábado, entre 2 e 4 da tarde, e pode ser sintonizado também pela internet, no endereço eletrônico http://www.radiotabajara.com.br/ .
Na pauta do programa também figuram os próximos passos da CPI da Pedofilia, instalada na Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará, e o Fórum Social Mundial.

BLOG – O agradecimento do editor

Agradeço, sinceramente comovido, as carinhosas palavras de estímulo pela marca de 500 mil acessos registrada por este blog. Agradeço a todos, indistintamente, anônimos ou não, mas não posso deixar de assinalar os cumprimentos daqueles que se identificaram, como no caso de Flávio Nassar, Antônio Baleixe, Romulo Sampaio, Carlos Mendes, Pedro Paulo Blanco, Vera Paoloni, Felipe Ericeira e Nardin. Agradeço ainda as palavras de carinho da internauta que se vale do pseudônimo de Lúcia, de comovente generosidade.
Aproveito, de resto, para desculpar-me pela ausência nesta última quinta-feira, 29, e também pelo atraso na atualização, nesta sexta-feira, 30, em ambos os casos por conta de pendências pessoais a resolver.

SAÚDE – O escândalo do acelerador linear

Pontuado por uma infindável sucessão de trapalhadas, o governo Ana Júlia Carepa protagoniza mais um novo e constrangedor escândalo. Dois anos depois da posse da primeira governadora eleita da história do Pará, o Hospital Ofir Loyola continua sem dispor do acelerador linear, uma tecnologia de ponta no tratamento do câncer, avaliado em mais de US$ 1 milhão e que permanece encaixotado, porque ainda não foi construído o anexo necessário para abrigá-lo.
Quando estiver em funcionamento, o acelerador linear permitirá desafogar a demanda eventualmente reprimida no Ofir Loyola, principal referência em tratamento oncológico na rede de saúde pública do Pará. Com ele será possível atender de 70 a 80 pacientes por dia. O aparelho foi doado ao Estado pelo Ministério da Saúde, em 2002, na administração do ex-governador tucano Almir José Gabriel. Entregue em 2004, já na gestão do ex-governador tucano Simão Robison Jatene, até a posse da governadora petista Ana Júlia Carepa, em 2007, o aparelho dormitava encaixotado, no almoxarifado da Sespa, à espera da construção do anexo necessário para que possa ser instalado e entre em funcionamento. Mas o que existe até agora é um imenso buraco, em uma área contígua ao Ofir Loyola, que sequer foi concretado e no momento serve, com as torrenciais chuvas próprias do verão tropical, de viveiro para a multiplicação do Aedes Aegypti , o mosquito que transmite a dengue.

SAÚDE – Vic e Valéria na gênese da trapalhada

Na época em que o acelerador linear foi entregue ao governo Simão Robison Jatene, o secretário estadual de Saúde era o médico Fernando Agostinho Dourado, hoje vereador de Belém pelo DEM e cuja gestão na Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública) foi marcada por sucessivas denúncias de corrupção. Ele era diretamente subordinado a então vice-governadora, Valéria Vinagre Pires Franco, que ainda acumulava o cargo de secretária especial de Promoção Social. Em passado recente, Dourado foi sócio - em uma próspera agência de turismo, a Universal - de Valéria e do marido e tutor político desta, o deputado federal Vic Pires Franco Neto, o Vic, que comanda o DEM no Pará.
No loteamento político do governo Simão Robison Jatene, do PSDB, a área da saúde foi destinada ao deputado federal Vic Pires Franco, marido e tutor político de Valéria. Absorvida pela tarefa de fazer proselitismo político, Valéria não moveu uma mísera palha para viabilizar a instalação do acelerador linear, a despeito de então ter poder e prestígio para tanto, a exemplo do seu próprio marido. Antes da derrota na disputa pela prefeitura de Belém em 2008, na sucessão estadual de 2006 ela foi também candidata a um segundo mandato como vice-governadora, na chapa do ex-governador tucano Almir José Gabriel, derrotado por Ana Júlia Carepa, do PT, com o decisivo apoio do ex-governador Jader Barbalho, do PMDB.

SAÚDE – Laura Rossetti entra em cena

Com a posse da governadora Ana Júlia Carepa foi nomeada presidente do Hospital Ofir Loyola a médica Laura Rossetti, atual secretária estadual de Saúde, com o aval do ex-governador Jader Barbalho. Laura assumiu a Sespa depois que a secretaria escapou do controle do ex-deputado José Priante, do PMDB, cujos prepostos foram defenestrados sob suspeita de corrupção.
Á frente do Ofir Loyola, Laura obteve a transferência do acelerador linear do almoxarifado da Sespa para o hospital. Ao mesmo tempo, determinou o início das obras, feitas pela Estacon, a maior empreiteira do Estado. Nomeada secretária estadual de Saúde, Laura foi substituída no comando do Ofir Loyola pelo médico João de Deus Reis da Silva, que tem também como avalista político o ex-governador Jader Barbalho, de cuja família é íntimo.

SAÚDE – Obras em ritmo de cágado

A partir dessa suposta troca de guarda, na área da saúde pública, seguem a passos de cágado as obras do anexo destinado a abrigar o acelerador linear. Segundo relato de fontes do próprio Ofir Loyola, o intenso vaivém de operários, comum no passado recente, foi substituído pelo ritmo lento e parcimonioso das obras, tocadas por um minguado contingente deles.
Enquanto isso, os pacientes, especialmente aqueles com câncer, continuam privados de uma tecnologia capaz de agilizar o atendimento, abrindo assim a perspectiva de aumentar a sobrevida deles. Dependendo da especialidade dos médicos, a espera por uma consulta costuma variar de 15 dias a até dois meses. Por isso, um capítulo à parte no sucateamento do hospital é o drama das filas que se formam na travessa 14 de Abril diariamente, desde a madrugada, adicionando um cruel sofrimento a mais em homens e mulheres visivelmente debilitados fisicamente e emocionalmente fragilizados, o que se constitui em um drama pelo qual ninguém merece passar.

SAÚDE – O caos levado ao paroxismo

O caos levado ao paroxismo. É assim que fontes do próprio Ofir Loyola definem a precariedade das condições sob as quais funciona hoje o hospital, no corolário da inépcia administrativa da tucanalha e seus assemelhados, nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB no Pará, entre 1995 e 2006.
“Não faltam competência e dedicação à maioria dos profissionais do hospital, mas não há como operar milagres, diante da ausência de uma infra-estrutura adequada”, assinala uma das fontes do Ofir Loyola. Na radioterapia, por exemplo, faltam até filmes e, pior, permanece quebrado o revelador. Coisas próprias de uma instituição de prestígio transformada em moeda de troca política, como bem ilustra o caso de Maria Helena Moscoso da Silva, diretora Administrativa, uma aposentada que permanece na ativa, com uma polpuda remuneração, não exatamente por competência, mas pela via do tráfico de influência.

SAÚDE – Helena Moscoso, a apaniguada de Pepeca

De farta empáfia e parca competência, segundo eloqüentes relatos, Maria Helena Moscoso da Silva é apaniguada do ex-senador Luiz Otávio Campos, o Pepeca, hoje no PMDB. Pepeca, recorde-se, é aquele que escapou da cassação do mandato de senador, por assumido corporativismo do Senado, em um episódio clássico da falência do decoro entre os políticos.
Pepeca declarou-se assumidamente estelionatário, ao confessar que obteve recursos do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, para a construção de balsas no estaleiro da família. Balsas que jamais entregou. Apesar disso, em um autêntico escárnio à opinião pública, ele foi poupado pelo Senado, imediatamente após às renúncias – para evitar a cassação, por quebra de decoro parlamentar - dos então senadores Jader Barbalho, do PMDB, e ACM, o falecido Antônio Carlos Magalhães, o babalorixá da política baiana e o mais ilustre dos caciques do PFL, do qual é sucedâneo o Democratas.

SAÚDE – Os bastidores do fisiologismo

Ao contrário do que prevalece no senso comum, a Sespa está longe de ser um monopólio do PMDB. Este recebeu a Secretaria de Saúde do Pará de porteira aberta, como se diz no jargonismo do poder. O partido avalizou, é verdade, as indicações de Laura Rossetti, para a Sespa, e de João de Deus Reis da Silva, para o Ofir Loyola, mas é inocultável a prevalência das indicações do PT em relação aos demais cargos de relevância.
Essa constatação não permite, porém, conceder um habeas-corpus preventivo ao PMDB. Não há como desconhecer as responsabilidades do partido nesse imbróglio, principalmente por coonestar as tramóias petistas.

SAÚDE – Ação entre amigos

Na verdade, na verdade, a saúde pública no Pará, no que diz respeito ao Estado, é administrada por uma espécie de consórcio do fisiologismo, que se coloca a serviço dos inquilinos do poder, independentemente de legendas partidárias e sejam estes quais forem. Constata-se, dessa forma, que no Pará a saúde pública acabou transformada em uma ação entre amigos, o que explica, certamente, a sobrevivência de personagens que assim como serviram aos sucessivos governos tucanos, servem agora à administração da governadora petista Ana Júlia Carepa.
A permanência desses personagens em cargos vitais se dá não porque sejam paradigmas de excelência, mas apenas pelo singelo fato de que servem, prioritariamente, aos poderosos de plantão. É um tipo de gente que amolda-se às circunstâncias, tanto quanto a água toma a forma do recipiente que a contém.

SAÚDE – A casta dos arrivistas

Um bom exemplo dessa ação entre amigos na saúde pública do Pará, dizem, seria Silvia Cumarú Leal, coordenadora da Câmara de Políticas Setoriais da Segov (Secretaria de Estado de Governo). Descrita como amiga íntima de Luís Roberto Carepa, o Beto Carepa, irmão da governadora Ana Júlia Carepa, sobre ela é dito que mantém-se em evidência desde a administração do ex-governador tucano Simão Robison Jatene, quando integrava o Cosemes (Conselho de Secretários Municipais de Saúde) e prestava consultoria às prefeituras do interior.
A Silvia Cumarú Leal foi atribuída, na época, a nomeação de Charles César Tocantins de Sousa, hoje no Conselho Estadual de Saúde, para a DDASS (Diretoria de Desenvolvimento dos Serviços de Saúde) da Sespa. A DDASS vem a ser a diretoria que cuida da regulação e, portanto, distribuição de AIHs (Autorização de Internação Hospitalar) para os hospitais do interior. Charles César Tocantins de Sousa é identificado como uma das cabeças coroadas da Sespa durante a desastrosa gestão, como secretário estadual de Saúde, de Fernando Agostinho Dourado, o ex-sócio e amigo-do-peito-irmão-camarada do casal Valéria e Vic Pires Franco. Charles César Tocantins de Sousa seria ainda primo e amigo de Jader Garderline. Este vem a ser o presidente da CIB (Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde), cujo patrono político seria o deputado Domingos Juvenil (PMDB), atual presidente da Alepa, a Assembléia Legislativa do Pará.

SAÚDE – Laços de conveniências

Mas não param por aí os laços de conveniências que explicam o porquê da aparente tolerância do governo Ana Júlia Carepa para com técnicos associados aos desmandos ocorridos na Sespa na administração de Fernando Agostinho Dourado como secretário estadual de Saúde. Cláudio do Nascimento Vale, por exemplo, que é diretor Administrativo-Financeiro, vem a ser amigo do peito de Luís Roberto Carepa, o Beto Carepa, irmão da governadora Ana Júlia Carepa.
Cláudio do Nascimento Vale fez parte da equipe de Pedro Ribeiro Anaice, quando este foi secretário municipal de Saúde do ex-prefeito de Belém Edmilson Rodrigues, então no PT e hoje no PSol. Pedro Ribeiro Anaice é quem comanda a OS (Organização Social) que administra o hospital regional de Redenção e por trás da qual estaria o deputado estadual do DEM Luiz Afonso Sefer, sob a acusação de pedofilia.

SAÚDE – Os outros nomes

A atual secretária adjunta de Saúde, Danielle Cavalcante, acusada de patrocinar o nepotismo na Sespa, também trabalhou com Pedro Ribeiro Anaice, em passado recente. Na ocasião ele era o secretário municipal de Saúde de Belém, na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues.
Pedro Ribeiro Anaice, repita-se, é o preposto do deputado do DEM Luiz Afonso Sefer na OS que administra o hospital regional de Redenção.

SAÚDE – Sespa se mantém silente sobre denúncia

Perdura até hoje o silêncio da atual administração da Sespa sobre a denúncia segundo a qual desde 2007 deveriam ter sido suspensos os repasses do governo para pagamento dos serviços prestados pelos hospitais do deputado do DEM Luiz Afonso Sefer, que também é médico. Isso porque, de acordo com a denúncia, teriam sido detectadas falsificações de AIHs, as autorizações de internação hospitalar. Ou seja, os hospitais do parlamentar teriam sido flagrados cobrando serviços que nunca prestaram.
A fiscalização e pagamento de autorizações de internação hospitalar competem à DDASS, a Diretoria de Desenvolvimento dos Serviços de Saúde da Sespa.

SAÚDE – Descaso imobiliza Vigilância Sanitária

É grave, mas muito grave, mesmo, a denúncia aqui feita sobre o imobilismo compulsório imposto à Divisão de Vigilância Sanitária da prefeitura de Belém. A denúncia foi formulada pelo internauta que se identifica como Marco Antonio Pinto. Ele se apresenta como médico veterinário que, como servidor de carreira da prefeitura, exerce as funções de fiscal sanitário.
De acordo ainda com a denúncia, há mais de um ano a Vigilância Sanitária não cumpre suas funções, diante da falta de condições mínimas de trabalho. Falta de veículos a combustível, salienta o internauta.
O autor da denúncia revela também que a Vigilância Sanitária forneceu, com inusitada rapidez, a licença para funcionamento do Crowne Plaza, o luxuoso hotel no qual se hospedou Lula e sua comitiva, na recente passagem do presidente por Belém, para prestigiar, ainda que fugazmente, o Fórum Social Mundial.

SAÚDE – A recorrente inépcia de Dudu

A estripulia é digna da recorrente inépcia administrativa do prefeito reeleito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, o falsário de ontem que é o farsante de hoje. Não por acaso o nefasto Dudu acabou abrigado no PTB, o partido que é presidido por um corrupto confesso – o ex-deputado federal Roberto Jéferson, cujo mandato foi cassado por quebra de decoro parlamentar.
Jefferson, convém lembrar, foi quem tornou do domínio público o escândalo do mensalão, a propina – paga com dinheiro público – embolsada pelos parlamentares alinhados com o governo Lula, no primeiro mandato do presidente. Propina paga também a Roberto Jéfersson, como ele próprio revelou.

FÓRUM – O déjà-vu de Lula

Previsível como sempre, em sua passagem por Belém, para marcar presença no Fórum Social Mundial, o presidente Lula fez tudo aquilo que dele se deve esperar, em seu proselitismo condimentado por um cinismo de corar anêmico. Ele criticou banqueiros, megainvestidores e a política econômica dos países ricos. Além, é claro, de defender uma ação mais efetiva do estado na economia.
Resumo da ópera: dentro do figurino da sua notória superficialidade intelectual e do habitual discurso de tintura messiânica, Lula falou o que dele queria ouvir a maioria da platéia reunida no Fórum Social Mundial. Mais do que nunca Lula foi fiel à sua estultícia, da qual se protege com seu inegável carisma.

FÓRUM – O trololó dos jurássicos

Suportar as sandices de Lula é até palatável. Trata-se de uma concessão feita em nome da democracia política e das instituições democráticas, que consolidam o estado de direito.
Agora, não há quem agüente, de uma só vez, os jurássicos presidentes Evo Morales, da Bolívia; Rafael Correa, do Equador; Fernando Lugo, do Paraguai; e Hugo Chavez, da Venezuela. A reunião com eles fatalmente soou ao típico trololó dos jurássicos.
Chaves é um caso à parte. Trata-se de um autêntico bufão, pretensamente socialista, que se valeu da democracia para conspirar contra ela e pavimentar um projeto inequivocamente autoritário.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

BLOG – A marca dos 500 mil acessos

Este blog acaba de atingir a respeitável marca dos 500 mil acessos, registrados em dois anos e cinco meses, o tempo de sua existência. Uma marca, diga-se, certamente aquém do real total de acessos, a exemplo do que ocorre com os blogs que, como este, exibem marcador.
Como explica o jornalista Ricardo Noblat, pioneiro dos blogs jornalísticos no Brasil, se você entrar nele mais de uma vez por dia, o medidor só registrará uma visita. A não ser que você utilize terminais diferentes. E que cada um tenha um IP, uma espécie de impressão digital do computador. O IP, como define o próprio Noblat, é a porta de entrada e de saída para a internet de um usuário ou de um grupo de usuários.

BLOG – A democratização da informação

Mais do que qualquer coisa, o que se comemora, na trilha dos 500 mil acessos, é a consolidação deste blog como instrumento da democratização da informação, como um espaço do debate democrático, enfim. Aqui prevalece o princípio segundo o qual a liberdade é, sobretudo e fundamentalmente, a liberdade de quem discorda de nós, respeitado, naturalmente, o decoro.
Convém sublinhar o justo agradecimento às fontes deste blog, pela confiança que esta condição traduz. Além, natural e principalmente, da reverência a expressiva parcela dos anônimos, que com suas denúncias e críticas, inclusive ao próprio blog e seu editor, contribuem para consolidá-lo como uma das opções indispensáveis para obter a notícia sem as amarras da manipulação e de interditos proibitórios, na esteira de propósitos escusos.
Repito, por isso, com o auxílio do poder de permanência e convicção da palavra escrita, que hoje este blog acaba por ser tão meu quanto dos anônimos, cuja colaboração é comovente.

BLOG – O justo agradecimento do blogueiro

Em um justo reconhecimento, agradeço o apoio da minha mulher, a companheira em tempo integral, que é uma pessoa muito especal, com a qual a vida generosamente me contemplou. Ela é também, quando assim acha necessário, uma crítica implacável, com aquela franqueza que só o amor mútuo e sobre o qual não perduram dúvidas é capaz de materializar. Agradeço também a todos os meus, e ainda aos que me são extremamente caros, pela amizade e pelo incentivo diante do desafio de transformar sonho em realidade.
Não posso deixar de sublinhar, jamais, a importância que igualmente tem, para manter meu entusiasmo pela vida, o meu neto. Na ingenuidade dos seus cinco anos, ele obviamente não tem como mensurar, ainda que possa difusamente intuir, a importância que tem na minha vida.
Por tudo isso, sincera e comovidamente, o meu muito obrigado. Mas muito obrigado, mesmo. Neste quesito, pelo menos, devo confessar que a vida me concedeu mais, muito mais, do que eu mereço e desejo.

BLOG - 500 mil motivos para não sair daqui

Lúcia*

Uma matéria de revista. Foi o “pontapé” inicial para que fosse colocada em prática uma idéia que já estava amadurecendo. E naquele dia de agosto, sem qualquer ajuda técnica, apenas com as instruções disponíveis na matéria, você fez nascer este espaço chamado simplesmente de Blog do Barata. O primeiro nome foi deixado de lado. O do seu editor é mais forte. Se sobrepôs a qualquer outro.
Não foi uma caminhada fácil. Sem qualquer recurso, só pôde mesmo contar com o apoio de amigos, amigos de verdade, aqueles que conhecem a sua alma, sabem exatamente quem é o homem tenaz, rigoroso em suas posturas diante do grotesco e do intragável mundo da política, do qual você conhece quem são as exceções, que nesse caso não deveriam confirmar a regra.
Impossível deixar passar em brancas nuvens os 500 mil acessos desse blog. Incomoda, fascina, informa, conduz tomada de atitudes (sabemos que sim), monopoliza e definitivamente já ultrapassou os limites do seu criador. Pertence a todos e ao mesmo tempo a ninguém. È um ser alado cibernético.
Acompanho cada acusação injusta que fazem a respeito desse blog. Acompanhei também a fase que você o deixou de língua solta para os seus blogados. Alguns deles abusaram daquilo que é uma regra básica: liberdade para quem não tem escrúpulos, não é liberdade, é esconderijo. Não me refiro aos anônimos que são maioria, mas aqueles que usam desse modo de manifestar-se para escrever imundícies. Mas isso é passado.
O bom dessa história, meu caro Barata, é que esse é um lugar só seu, que você deixa entrar quem acha que deve entrar, como uma casa de campo, onde existe a farra até o momento que o dono da casa começa a perceber que estão extrapolando ou abusando da sua paciência.É só um click e pronto.
Alguns admiradores seus dizem que este é um lugar onde podem manifestar-se sem se sentirem ameaçados. Não é assim que nos sentimos na casa dos amigos?
Estes 500 mil acessos lhe custaram alguns dissabores, mas sabemos (os que o conhecem) que nada o afasta daquilo que se determina a fazer. Esse blog é um lugar onde é exposto toda a sua competência e paixão pelo que é: um jornalista puro, daqueles que aos poucos estão deixando de existir.
Muito da sua personalidade está aqui. Reconhece virtudes de quem de fato às tem, critica com veemência, mas cada palavra é verdadeira. Quando não é, corrige. É capaz de gestos de generosidade, mesmo para quem acha que não mereceria. Responde à altura as leviandades e deixa passar comentários que dificilmente outro deixaria. De verdade? Você dá “um nó” na cabeça de muita gente.
Apenas aqueles que sabem da pessoa fascinante que você é, entendem que uma coisa é o jornalista que informa e emite opinião, seja ela qual for; outra, é o homem de 500 mil qualidades e que poucos têm o privilegio de conhecer todas elas.
Você mereceria uma festa, mas essa é sua mais contrastante faceta. Quem, em público, se manifestaria? Nem eu. Só anônima.
Mais milhares de 500 mil pra você!

* Lúcia vem a ser o pseudônimo utilizada por uma internauta anônima, que frequentemente colabora com este blog.

FÓRUM – A via-crúcis de Benevides a Belém

Quem trabalha em Belém, mas reside em Benevides – e mais particularmente em Burini, Benfica e Santa Maria -, e depende de ônibus, passou a enfrentar diariamente uma via-crúcis. Como um contingente dos participantes do Fórum Social Mundial está hospedada no colégio Ana Teles, em Benevides, os ônibus da linha Benfica-Burini já saem lotados, submetendo os trabalhadores que deles dependem para chegar a Belém a esperas intermináveis e atrasos colossais.
Nem por isso a empresa Bonsucesso, que detém o monopólio da linha Benfica-Burini, reforçou a sua frota, para minimizar os atropelos impostos pelas circunstâncias aos seus usuários habituais. E nem o prefeito de Benevides moveu uma palha, sequer, para aplacar o problema.

PEDOFILIA – Delegada ouve ex-mulher de Sefer

A delegada que ouviu Luiz Afonso Sefer no Rio de Janeiro, onde passa as suas férias o deputado do DEM acusado de pedofilia, também aproveitou para ouvir, em São Paulo, a ex-mulher do parlamentar, com a qual mora a única filha do casal. Os filhos do casal ficaram com Sefer, em Belém.

GREVE – De estilingue a vidraça

Sem entrar no mérito da questão, ainda que soe obviamente inquietante a paralisação, pelo papel em tese vital que a categoria desempenha, não deixa de ser inusitado o tom do discurso do governo Ana Júlia Carepa diante da greve dos delegados, ao recriminar o movimento diante das circunstâncias em que ele se dá. Afinal, quando ainda oposição, o PT nunca levou em consideração as circunstâncias das greves deflagradas pelo seu braço sindical, a CUT, a Central Única dos Trabalhadores.
O imbróglio fatalmente faz recordar o chiste célebre, segundo o qual nada mais parecido com a situação do que a oposição quando chega ao poder. O chiste, diga-se, tem a cara não só do PT, mas especialmente da DS, a Democracia Socialista, a tendência interna do partido da qual faz parte a governadora Ana Júlia Carepa.

FÓRUM – Uma passeata monumental

Uma passeata monumental, que se desenrolou em um clima festivo e exibiu um colorido compatível com a diversidade dos seus participantes, unidos no repúdio à atual ordem econômica mundial, mas fracionados pelas distintas bandeiras empunhadas e pelas prioridades por elas definidas. Assim foi, em linhas gerais, a passeata que assinalou na tarde-noite desta terça-feira, 27, a abertura do Fórum Social Mundial, que trouxe até Belém um contingente calculado em 100 mil participantes, das mais variadas origens e procedências.
Segundo as estimativas da Polícia Militar, a passeata reuniu cerca de 70 mil participantes. Mas de acordo com alguns destes, a manifestação mobilizou entre 100 mil e 150 mil pessoas. Seja lá como for, nada, mas absolutamente nada, foi capaz de arrefecer o entusiasmo dos manifestantes, que percorreram o percurso da passeata em cerca de quatro horas e meia. Esse foi o tempo consumido entre o início da passeata, ocorrido por volta das 15 horas, da escadinha do cais do porto, ao lado da Estação das Docas, até São Braz, onde a manifestação enfim desembocou, já em torno das 19h30.

FÓRUM – É proibido proibir

Para os participantes ou espectadores da passeata com pelo menos 50 anos foi inevitável o flashback, fazendo-lhes rememorar o agitado final dos anos 60 do século passado, e mais particularmente a palavra de ordem do Tropicalismo – “É proibido proibir”. Ao fim e ao cabo a passeata foi permeada pela atmosfera de transgressão aos cânones estabelecidos pelo status quo.
Na passeata não faltaram batucadas, com a contagiante musicalidade brasileira estimulando o samba no pé, sobretudo entre as mulheres exibindo o viço e vigor da juventude. Assim como não faltaram também as mais variadas palavras de ordem. Principalmente contra a política econômica do governo do presidente Lula, em defesa da garantia de emprego para a classe trabalhadora, de crítica ao imperialismo dos Estados Unidos e de repúdio diante da razia de Israel contra os palestinos, na faixa de Gaza.

FÓRUM – Tranqüilidade e paz

Nem mesmo a chuva torrencial que desabou em Belém, logo depois do início da passeata, ameaçou dispersar seus participantes, cujo entusiasmo permaneceu incólume e garantiu o clima de tranqüilidade sob o qual se desenrolou a manifestação. Entre os jovens, particularmente, a euforia foi turbinada por um condimento etílico, seja na forma de cerveja, ou da prosaica cachaça. Algo próprio da irreverência juvenil.
Pontualmente, em especial entre os jovens militantes do movimento estudantil, não faltou o inconfundível odor do cigarro que o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, em uma balela histórica, disse ter fumado sem tragar, quando jovem. Por aqui, como se viu, quem fuma também traga. Talvez porque, por aqui, tome-se ao pé da letra os belos versos da antológica canção de Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra, segundo a qual não existe pecado do lado debaixo do Equador.

FÓRUM – Os oportunistas de plantão

Na passeata não faltaram sequer os oportunistas de plantão, da qual a mais lídima representante vem a ser a ex-deputada federal Socorro Gomes, que tem amargado sucessivos tropeços nos testes das urnas e cujo prestígio, hoje, está circunscrito ao PC do B. Pela sua notória obsessão em ganhar visibilidade na mídia, ela até surpreendeu em declinar do convite para subir em um carro-som e fazer proselitismo de palanque, uma das poucas coisas em que se revela competente.
A súbita e inusitada discrição da mais notória comunista de palanque do Pará talvez esteja relacionada com a temporada de caça aos pedófilos do Estado. Afinal, Socorro Gomes comandava a Seju, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará, quando uma adolescente foi trancafiada em uma cela da delegacia de polícia de Abaetetuba, juntamente com cerca de 30 presos, pelos quais foi sucessivas vezes estuprada. No olho do furacão, pela natureza do cargo que então ocupava, Socorro Gomes entrou muda e saiu calada do episódio, em uma inequívoca e execrável omissão, diante da qual se pode dizer que, nesse caso também, falta alguém no banco dos réus da opinião pública.

FÓRUM – Caos no trânsito, a contribuição de Dudu

Até os postes de Belém sabem que a cidade não foi preparada para abrigar um evento da magnitude do Fórum Social Mundial, em tese uma rara oportunidade para vender a uma significativa parte do mundo não apenas suas atrações turísticas, mas também as belezas do Pará. Por obra e graça da inépcia administrativa do prefeito reeleito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, Belém apresenta-se aos olhos de parte expressiva do mundo como uma cidade suja, fétida, no mais ultrajante abandono.
Não surpreendeu, assim, a falta de planejamento para desatravancar o trânsito durante a realização da passeata, tal qual é feito durante a procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, certamente a maior manifestação de religiosidade do Brasil. O caos no trânsito, diante dos congestionamentos nas transversais das avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Magalhães Barata, foi agravado pela ausência de guardas da CTBel, a Companhia de Transporte de Belém. Já em torno das 18 horas, quando a balbúrdia no trânsito chegou ao paroxismo, no cruzamento da avenida Magalhães Barata com a travessa 14 de Abril, é que surgiram alguns poucos guardas da CTBel, que permaneceram no local por pouco tempo e logo se escafederam. A tarefa de minimizar o caos coube aos próprios participantes da passeata, ainda que sob a ira de motoristas impacientes.

FÓRUM – O lucro gerado pela manifestação

Bares, panificadoras e farmácias localizadas por onde passou a passeata, durante e mesmo ao término desta, tiveram seu faturamento turbinado na tarde-noite desta terça-feira, 27. O que dá uma idéia do dinheiro a ser injetado no comércio de Belém pelos participantes do Fórum Social Mundial.
Segundo relatos de seus proprietários, ou gerentes, ou caixas, os bares venderam muita cerveja em lata e água mineral; as panificadoras viram disparar o consumo de lanches a refrigerantes, sobretudo em lata, passando por cerveja, especialmente em lata; nas farmácias – Big Ben, Extrafarma e Pague Menos – as vendas também bombaram, especialmente de remédios para dor de cabeça e azia e má digestão, além de curativos band-aid.
Até as bancas de revistas lucraram com a passeata. Pelo menos aquelas que vendem cigarro, créditos para celulares e cartões para uso de telefones públicos.

BASTIDORES – Valmir Ortega, o blindado

O comentário corrente nos bastidores do Palácio dos Despachos é que o secretário estadual do Meio Ambiente, Valmir Ortega, aquele um que diz não ler o que assina, é um dos nomes do governo Ana Júlia Carepa que permanece blindado. Pelo menos por enquanto.
Ortega seria um dos queridinhos da governadora. Em sentido figurado, naturalmente. E com todo o respeito, acrescente-se.

VITRINE – Obsessão pela visibilidade

Com a realização do Fórum Social Mundial em Belém, a ânsia da governadora Ana Júlia Carepa por ganhar visibilidade na mídia já começa a assumir os contornos de obsessão.
No ritmo em que vai, a governadora – que já esteve até em inauguração de supermercado em Castanhal – ainda acaba prestigiando aniversário de boneca.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

FÓRUM – A virtude dos matizes

A passeata que assinalou a abertura oficial do Fórum Social Mundial, este ano realizado em Belém, serviu para nos fazer lembrar da sempre saudável virtude dos matizes. A manifestação, que desembocou em São Braz, seu destino final, exibiu todas as tribos possíveis e imagináveis que compõem o pensamento esquerdista.
Ainda que dos seus ideários possamos discordar, pontual ou visceralmente, são segmentos que asseguram o saudável jogo de pressão e contrapressão que se constitui na essência da democracia. E a democracia é – como bem sinaliza a prática, efetivamente o critério da verdade - a mais perfeita forma de governo, a despeito de todas as suas imperfeições, distorções e desvios. Sem ela, resta a paz dos cemitérios, como evidencia a história, ao nos exibir os horrores do totalitarismo – de esquerda e de direita.

FÓRUM – A crise, sob perspectivas distintas

A crise mundial, ainda que debatidas sob perspectivas distintas e públicos diametralmente opostos, deverá ser o denominador comum entre o Fórum Social Mundial, que terá início nesta terça-feira em Belém, no Pará, e o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suécia. Mas enquanto em Davos a discussão será em torno de alternativas diante do quadro sombrio que se desenha, mas dentro dos parâmetros da atual modelo econômico, por aqui, em Belém, os debates perseguem uma nova ordem econômica.
Para a elite econômica, em Davos, o desemprego é conseqüência da crise. Por aqui, em Belém, o desemprego é o foco principal das discussão que mobilizam movimentos sociais, organizações não-governamentais e representantes governistas ligados às questões sociais de várias nacionalidades.

FÓRUM – A Carta de Princípios

A Carta de Princípios do Fórum Social Mundial, abaixo transcrita, baliza a perspectiva do encontro, que pela primeira vez se dá em Belém.
A carta foi aprovada e adotada em São Paulo, em 9 de abril de 2001, pelas entidades que constituem o Comitê de Organização do Fórum Social Mundial, e aprovada com modificações pelo Conselho Internacional do Fórum Social Mundial no dia 10 de junho de 2001.

Carta de Princípios do Fórum Social Mundial

O Comitê de entidades brasileiras que idealizou e organizou o primeiro Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre de 25 a 30 de janeiro de 2001, considera necessário e legítimo, após avaliar os resultados desse Fórum e as expectativas que criou, estabelecer uma Carta de Princípios que oriente a continuidade dessa iniciativa. Os Princípios contidos na Carta, a ser respeitada por tod@s que queiram participar desse processo e organizar novas edições do Fórum Social Mundial, consolidam as decisões que presidiram a realização do Fórum de Porto Alegre e asseguraram seu êxito, e ampliam seu alcance, definindo orientações que decorrem da lógica dessas decisões.

1. O Fórum Social Mundial é um espaço aberto de encontro para o aprofundamento da reflexão, o debate democrático de idéias, a formulação de propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes, de entidades e movimentos da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo, e estão empenhadas na construção de uma sociedade planetária orientada a uma relação fecunda entre os seres humanos e destes com a Terra.

2. O Fórum Social Mundial de Porto Alegre foi um evento localizado no tempo e no espaço. A partir de agora, na certeza proclamada em Porto Alegre de que "um outro mundo é possível", ele se torna um processo permanente de busca e construção de alternativas, que não se reduz aos eventos em que se apóie.

3. O Fórum Social Mundial é um processo de caráter mundial. Todos os encontros que se realizem como parte desse processo têm dimensão internacional.

4. As alternativas propostas no Fórum Social Mundial contrapõem-se a um processo de globalização comandado pelas grandes corporações multinacionais e pelos governos e instituições internacionais a serviço de seus interesses, com a cumplicidade de governos nacionais. Elas visam fazer prevalecer, como uma nova etapa da história do mundo, uma globalização solidária que respeite os direitos humanos universais, bem como os de todas os cidadãos e cidadãs em todas as nações e o meio ambiente, apoiada em sistemas e instituições internacionais democráticos a serviço da justiça social, da igualdade e da soberania dos povos.

5. O Fórum Social Mundial reúne e articula somente entidades e movimentos da sociedade civil de todos os países do mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial.

6. Os encontros do Fórum Social Mundial não têm caráter deliberativo enquanto Fórum Social Mundial. Ninguém estará, portanto autorizado a exprimir, em nome do Fórum, em qualquer de suas edições, posições que pretenderiam ser de tod@s @s seus/suas participantes. @s participantes não devem ser chamad@s a tomar decisões, por voto ou aclamação, enquanto conjunto de participantes do Fórum, sobre declarações ou propostas de ação que @s engajem a tod@s ou à sua maioria e que se proponham a ser tomadas de posição do Fórum enquanto Fórum. Ele não se constitui portanto em instancia de poder, a ser disputado pelos participantes de seus encontros, nem pretende se constituir em única alternativa de articulação e ação das entidades e movimentos que dele participem.

7. Deve ser, no entanto, assegurada, a entidades ou conjuntos de entidades que participem dos encontros do Fórum, a liberdade de deliberar, durante os mesmos, sobre declarações e ações que decidam desenvolver, isoladamente ou de forma articulada com outros participantes. O Fórum Social Mundial se compromete a difundir amplamente essas decisões, pelos meios ao seu alcance, sem direcionamentos, hierarquizações, censuras e restrições, mas como deliberações das entidades ou conjuntos de entidades que as tenham assumido.

8. O Fórum Social Mundial é um espaço plural e diversificado, não confessional, não governamental e não partidário, que articula de forma descentralizada, em rede, entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo.

9. O Fórum Social Mundial será sempre um espaço aberto ao pluralismo e à diversidade de engajamentos e atuações das entidades e movimentos que dele decidam participar, bem como à diversidade de gênero, etnias, culturas, gerações e capacidades físicas, desde que respeitem esta Carta de Princípios. Não deverão participar do Fórum representações partidárias nem organizações militares. Poderão ser convidados a participar, em caráter pessoal, governantes e parlamentares que assumam os compromissos desta Carta.

10. O Fórum Social Mundial se opõe a toda visão totalitária e reducionista da economia, do desenvolvimento e da história e ao uso da violência como meio de controle social pelo Estado. Propugna pelo respeito aos Direitos Humanos, pela prática de uma democracia verdadeira, participativa, por relações igualitárias, solidárias e pacíficas entre pessoas, etnias, gêneros e povos, condenando todas as formas de dominação assim como a sujeição de um ser humano pelo outro.

11. O Fórum Social Mundial, como espaço de debates, é um movimento de idéias que estimula a reflexão, e a disseminação transparente dos resultados dessa reflexão, sobre os mecanismos e instrumentos da dominação do capital, sobre os meios e ações de resistência e superação dessa dominação, sobre as alternativas propostas para resolver os problemas de exclusão e desigualdade social que o processo de globalização capitalista, com suas dimensões racistas, sexistas e destruidoras do meio ambiente está criando, internacionalmente e no interior dos países.

12. O Fórum Social Mundial, como espaço de troca de experiências, estimula o conhecimento e o reconhecimento mútuo das entidades e movimentos que dele participam, valorizando seu intercâmbio, especialmente o que a sociedade está construindo para centrar a atividade econômica e a ação política no atendimento das necessidades do ser humano e no respeito à natureza, no presente e para as futuras gerações.

13. O Fórum Social Mundial, como espaço de articulação, procura fortalecer e criar novas articulações nacionais e internacionais entre entidades e movimentos da sociedade, que aumentem, tanto na esfera da vida pública como da vida privada, a capacidade de resistência social não violenta ao processo de desumanização que o mundo está vivendo e à violência usada pelo Estado, e reforcem as iniciativas humanizadoras em curso pela ação desses movimentos e entidades.

14. O Fórum Social Mundial é um processo que estimula as entidades e movimentos que dele participam a situar suas ações, do nível local ao nacional e buscando uma participação ativa nas instâncias internacionais, como questões de cidadania planetária, introduzindo na agenda global as práticas transformadoras que estejam experimentando na construção de um mundo novo solidário.

FÓRUM – A mídia em debate

Na vasta agenda de eventos do Fórum Social Mundial se inclui uma programação de interesse específico dos profissionais de mídia, iniciada nesta última segunda-feira, 26, com mesas sobre “Como ampliar o midialivrismo” e “A mídia e a crise”, além de um seminário sobre comunicação compartilhada.
Para esta terça-feira, 27, a programação prevê a plenária de encerramento. Na quinta-feira, 29, a programação específica sobre mídia inclui:

12h as 15h - Democratização da Comunicação: a alternativa dos Pontos de Mídia Livre.

Debate - Apoio para os Pontos de Mídia.

Local - UFPA (Universidade Federal do Pará), campus Profissional, bloco KP, sala KP07.

Participantes - Célio Turino, Forum Mundial de Mídia Livre, Associação Outras Palavras, Rede Universidade Nômade, veículos de mídia livre e midialivristas.

FÓRUM – O desolador abandono de Belém

Sob o signo da inépcia administrativa do prefeito reeleito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, um exemplo de político que prospera sob o calor do poder político e econômico, Belém abriga o Fórum Social Mundial em um cenário desolador. Abandonada à própria sorte, a cidade acumula lixo por suas ruas, inclusive centrais, e exibe-se impressionantemente suja. O lixo acumulado a céu aberto espalha-se a cada aguaceiro próprio dessa época, de inverno tropical.
A escalada da criminalidade, levada ao paroxismo, experimentou um refluxo, diante do mutirão de segurança pública mobilizado pelo governo Ana Júlia Carepa, compelida pelo clamor da opinião pública e no empenho de vender uma boa imagem à leva de turistas do mundo inteiro, atraídos pelo Fórum Social Mundial. Para tanto, foi até enviado a Belém um contingente da Força Nacional de Segurança. Resta saber, naturalmente, se esse empenho em garantir segurança, sobretudo ao cidadão anônimo abrigado na periferia, sobreviverá ao fórum. Ou se caberá apenas parodiar o antológico Chico Buarque de Holanda e desabafar que, para o nosso desengano, o que era bom acabou.

FÓRUM – O inusitado que soa prosaico

Uma passeata, com início previsto para as 15 horas e que sairá da escadinha do Ver-o-Peso, na praça ao lado da Estação das Docas, em direção a São Braz, deverá assinalar a abertura do Fórum Social Mundial, nesta terça-feira, 27.
Existe a possibilidade de uma manifestação de nudismo, concomitantemente a passeata. Exceção feita, talvez, a tez excessivamente alva da provável maioria dos seus eventuais participantes, não há de ser nada inusitado para quem mora em Belém. Por aqui não faltam vítimas de transtornos mentais de ambos os sexos, abandonados como párias e que transitam desnudos pela cidade, sob a indiferença do poder público.

FÓRUM – Os factóides dos petralhas

No melhor estilo de propaganda enganosa, os petralhas da DS decidiram aproveitar o Fórum Social Mundial para tentar vender a imagem de suposta eficiência do governo Ana Júlia Carepa. A DS vem a ser a Democracia Socialista, tendência interna do PT da qual faz parte a governadora do Pará e que, por isso, detém o controle da máquina administrativa estadual.
No figurino próprio de informe publicitário, ainda que não caracterizado como tal, a edição de O Liberal de domingo, 25, incluiu uma entrevista exclusiva de Ana Júlia Carepa, assinada por Ronaldo Brasiliense, o jornalista que é íntimo da tucanalha do Pará. Nesta terça-feira, 27, foi a vez do iracundo chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, o desastrado Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, também conhecido como Pacheco, ocupar o nobre espaço da coluna do jornalista Mauro Bonna, no Diário do Pará.
Em tempo: o chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa é também conhecido como Pacheco em alusão ao personagem de Eça de Queiroz farto em soberba e parco em realizações. Puty tornou-se célebre pela ausência de escrúpulos políticos e pelo tratamento desrespeitoso que dedica a seus subordinados e desafetos vulneráveis aos caprichos dos inquilinos do poder.

MARACUTAIA – O golpe milionário da madeira ilegal

Em reportagem de Jorge Ladimar e Roberto Paiva, o Jornal Nacional, da TV Globo, denunciou nesta segunda-feira, 26, um golpe milionário contra um patrimônio do Brasil ocorrido no Pará. Funcionários da SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) teriam recebido propina para conceder as autorizações para a retirada de madeira de assentamentos do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária.
Segundo a denúncia do Jornal Nacional, o golpe começou no fim do ano passado, quando a Secretaria de Meio Ambiente do Pará concedeu autorizações para a retirada de madeira de assentamentos do Incra. A atividade é permitida desde que a área tenha muitas árvores para que haja o menor dano possível à floresta. É o chamado manejo florestal sustentável.

MARACUTAIA – A denúncia do empresário

Também de acordo com o Jornal Nacional, um empresário, que não quer aparecer, relata em off que funcionários da secretaria receberam propina para conceder as autorizações. E não foi só isso. "São projetos piratas. São projetos de manejo que não existem. Acabam criando manejo num lugar que não tem floresta para dar cobertura em outro lugar onde a madeira foi extraída de forma ilegal", acrescentou o empresário, cuja identidade e voz foram preservadas pela TV Globo.
O empresário contou como funciona o golpe. Ele explicou que o madeireiro derruba árvores em áreas distantes dos assentamentos. Com a conivência dos funcionários da secretaria, essa madeira passa a constar da papelada oficial, como se tivesse sido extraída, legalmente, nos assentamentos.

MARACUTAIA – JN comprova a tramóia

Para verificar a denúncia, os jornalistas explicaram que foram a dois lugares indicados nas autorizações, ambos exibidos pela TV Globo. O assentamento Rio Itacoroa fica no município de Baião. Nesta área, a SEMA autorizou a retirada do equivalente a 2,6 mil carretas de toras, mas quem anda pelo local encontra muitas áreas já desmatadas e pouca floresta. Nas estradas do assentamento não havia um único caminhão transportando toras.
“Aqui está saindo caminhão com madeira ou não?”, indaga um dos jornalistas a um morador da área, que responde sem pestanejar: “Não”.
De acordo com uma outra autorização, no assentamento vizinho, chamado Boa Sorte, há grandes quantidades de jatobá, maçaranduba e angelim, madeiras de alto valor comercial. Mas o morador entrevistado é enfático nas respostas às indagações feitas.
“Tem jatobá aqui?”, indaga o jornalista. “Tem nada”, retruca o morador. “Maçaranduba?”, insiste o entrevistador. “Também não”, responde o morador. “Angelim?”, volta a carga um dos autores da reportagem. “Não”, arremata, o morador.

MARACUTAIA – Locais inadequados para manejo

Para o pesquisador Paulo Amaral, da Imazon, os manejos não poderiam mesmo ter sido aprovados nesses locais. “Tem que ter floresta para ter plano de manejo. Onde não tem floresta, não se faz manejo”, assinalou Amaral, em entrevista aos jornalistas da TV Globo.
O Jornal Nacional revelou que, ao todo, estava prevista a retirada de 109 mil m³ de madeira dos assentamentos. São cerca de 20 mil árvores, que, depois de serradas, renderiam R$ 30 milhões.

MARACUTAIA – A justificativa de Ortega

A reportagem do Jornal Nacional assinalou que o secretário de Meio Ambiente do Pará reconheceu que a documentação foi fraudada. “Houve uma manipulação dos dados do projeto, o que nos levou a bloquear o projeto, e agora estamos buscando colher provas em campo para que a gente possa, de fato, fazer a apuração de forma a responsabilizar engenheiros e responsáveis pelo projeto”, declarou Valmir Ortega.
Ortega confirmou que várias empresas já conseguiram movimentar ilegalmente pouco mais de 10% do total autorizado. O secretário, que assinou as autorizações, negou envolvimento no esquema. “Pela minha mesa passam aproximadamente oito mil processos por ano, portanto é absolutamente impossível que o secretário revise na sua mesa todos os processos que são assinados durante o ano”, justificou.

MARACUTAIA – Explicação pouco convincente

A pergunta que não quer calar, diante da justificativa do secretário do Meio Ambiente do Pará, é muito simples e singela. O que faz a assessoria técnica da SEMA, para deixá-lo tão vulnerável a tramóias do gênero?
Pressupondo-se que uma assessoria técnica, sobretudo em uma secretaria de Estado de tão vital importância como é a SEMA, presumivelmente deve ter não só conhecimento teórico, mas também um mínimo de intimidade com a realidade do Estado, soa inusitado Valmir Ortega ficar tão vulnerável a maracutaias como revelou estar. Em um governo efetivamente sério, seria o caso de exoneração sumária da assessoria técnica do secretário, por desídia e/ou incompetência, além do posterior expurgo dos comprovadamente corruptos. E do próprio secretário, por não ser seletivo e criterioso, como deveria ser, na escolha de seus auxiliares mais diretos. Mas aí, em se tratando do desastroso governo Ana Júlia Carepa, é certamente pedir demais.

SESPA – Farra de contratações de temporários

Quem se dá à pachorra de fazer cotidianamente a leitura do Diário Oficial comenta, pasmo, a farra de contratações de agentes administrativos pela Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde Pública.
A farra de contratações soa tanto mais estranha porque muitos concursados da Sespa ainda aguardam por nomeação. Lamentavelmente em vão, ao que parece.

PEDOFILIA – Ana Júlia conspira contra si própria

Em tese é profundamente injusto pretender estigmar politicamente a governadora Ana Júlia Carepa pelo envolvimento em crime de pedofilia, como suspeito, de um dos seus irmãos, João Carlos Vasconcelos Carepa, o Caíca. O episódio é obviamente grave e de natural repercussão social, pelo status da família do suspeito e também porque a acusação, formalizada em BO, o Boletim de Ocorrência, foi feita por contraparentes de Caíca.
O que conspira contra a governadora e suscita suspeitas sobre a isenção que a situação exige de Ana Júlia Carepa é, sem dúvida, a recondução de Raimundo Benassuly Maués Júnior ao cargo de delegado geral da Polícia Civil do Pará. Os antecedentes de Benassuly e sua própria proximidade da governadora esfarinham a credibilidade que o seu cargo exige. Tanto mais pelo episódio policial que tem como epicentro a suspeita de pedofilia que pesa contra o irmão de Ana Júlia Carepa.

MÍDIA – O contraditório menosprezo

São recorrentes, na governadora Ana Júlia Carepa, as manifestações de menosprezo pelas eventuais críticas da mídia em geral e dos blogs em particular. Nesse desdém à mídia, a primeira governadora eleita da história do Pará sequer é original. Ela apenas repete o seu mais ilustre correligionário, o presidente Lula, e até o seu cáustico adversário de 2006, o ex-governador tucano Almir José Gabriel.
Todo esse menosprezo soa, porém, contraditório, diante dos investimentos – a um custo previsivelmente elevado para os cofres públicos - feitos pelo governo Ana Júlia Carepa em campanhas publicitárias na grande imprensa. O quer permite a ilação de que Donana abomina, em realidade, todo e qualquer jornalismo que não seja chapa-branca, na melhor tradição dos tiranetes de província.

PRECONCEITO – A ignomínia da colunista

O preconceito social, que discrimina de forma absurdamente ignominiosa porque mensura as pessoas não pelo que são, mas pelo que eventualmente possam ter, é absolutamente repulsivo e inaceitável. Tanto quanto o homofobismo, que a colunista de O Liberal tanto execra, até em causa própria.
Mais lamentável é o jornal, que abriga a jornalista de amenidades, ser tolerante para com as grosserias recorrentes da colunista. A indigitada figura, diga-se, é habitué em esgrimir despudoradamente seus preconceitos contra os menos afortunados pela vida ou contra aqueles em comparação aos quais se imagina superior, tal qual fez em relação aos moradores do bairro da Terra Firme.

JATENE – Ex-governador terá alta quarta-feira

Submetido nesta última segunda-feira, 26, a uma bem-sucedida angioplastia, precedida por um cateterismo e feita pela médica Heliana Guimarães, na clínica Porto Dias, o ex-governador tucano Simão Jatene será transferido hoje da UTI, a Unidade de Terapia Intensiva, para um apartamento.
A alta do ex-governador está prevista para esta próxima quarta-feira, 28.

BAIM – Uma perda a lamentar

Um dos mais brilhantes advogados da sua geração, cuja banca de advocacia se incluía dentre as mais respeitadas do Pará, a morte de Aldebaro Klautau Filho, o Baim, representa uma dessas perdas a lamentar. Tal qual a do seu irmão Paulo Klautau, que como ele foi também um profissional de competência, experiência e probidade comprovadas e consensualmente reconhecidas.
Como advogados, e a exemplo dos seus demais irmãos, Baim e Paulo souberam honrar o legado de competência, honradez e probidade do pai, o sempre saudoso mestre Aldebaro Klautau. Advogado de mão cheia, mestre Aldebaro foi um intelectual lúcido, de sólida formação humanística, que foi também um líder cristão que marcou época no Pará. Baim, segundo relato de um contemporâneo, teve marcante atuação, em defesa do Pará e da região amazônica, na época da extinta SPVEA, a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia, criada em 1953 e pioneira em termos de planejamento do desenvolvimento regional.
Com o registro, as minhas condolências aos Klautau em geral e, em particular, a Afonso e Zuza, dos quais a vida me fez mais próximo e em relação aos quais cultivo admiração e respeito, seja pela inquestionável competência profissional, seja por suas reconhecidas e hoje raras qualidades pessoais.

domingo, 25 de janeiro de 2009

ESCÂNDALO – Veja repercute pedofilia no Pará

O escândalo da pedofilia no Pará é tema de matéria na mais recente edição da revista Veja, que cita, entre ilustres acusados do crime, o deputado estadual do DEM Luiz Afonso Sefer e um dos irmãos da governadora Ana Júlia Vasconcelos Carepa, João Carlos Vasconcelos Carepa, o Caíca. A revista também repercute a recondução de Raimundo Benassuly Maués Júnior ao cargo de delegado geral da Polícia Civil do Pará, do qual foi exonerado, a pedido, após pretender desqualificar uma adolescente trancafiada em uma cela na delegacia de Abaetetuba, com 30 presos, pelos quais foi sucessivas vezes estuprada e humilhada.
Em seguida, a matéria da Veja sobre o assunto:

Brasil

A infância violada do Pará

Denúncias de abusos sexuais envolvem empresários, policiais, políticos e até um irmão da governadora Ana Júlia Carepa

Raquel Salgado

A Assembleia Legislativa do Pará instalou há um mês uma CPI para apurar os abusos sexuais de menores no estado. A história de impunidade desse tipo de delito no Pará é antiga. Assim que a CPI começou a funcionar e os relatos passaram a ser estudados, viu-se que o problema é mais profundo e prevalente do que se podia imaginar. "É uma prática disseminada em todos os municípios", disse à comissão o bispo de Marajó, dom Luiz Azcona, que dedica seu prelado à proteção das crianças. Azcona contou que, no Pará, os abusos ocorrem à luz do dia, às vezes ao lado da polícia, às vezes nas escolas. Empresários, políticos, autoridades e até um dos irmãos da governadora Ana Júlia Carepa estão entre os acusados de envolvimento. O motorista João Carlos Carepa, conhecido como Caíca, é acusado de ter assediado uma contraparente. O Boletim de Ocorrência 433/2008.000328-3 revela que Caíca a molestou quando ela tinha apenas 11 anos. Em depoimento à polícia, a vítima, que hoje tem 13 anos, afirmou que as agressões se sucederam no decorrer de um ano.
Quatro episódios desse período foram registrados na delegacia. No primeiro, o contato ocorreu na piscina da casa dos avós da garota em um momento de ausência de outros adultos. No segundo, aconteceu depois que ele obteve a autorização da mãe da vítima para levá-la ao circo. A menina aceitou o convite quando Caíca garantiu falsamente que seu pai, Arthur Carepa, os acompanharia. O motorista teria aproveitado o passeio para beijá-la à força e apalpar seus seios. A polícia registra cenas semelhantes em mais duas ocasiões: em uma ida de ambos a um supermercado e em um jantar na casa de Caíca. A vítima foi submetida a um exame de corpo de delito para verificar se fora estuprada, mas os resultados não são conhecidos pela CPI. A família da menina procurou a polícia em setembro passado. Dias antes, ao fim de um culto evangélico, a garota revelou ao pai seus tormentos. "Disse que não aguentava mais guardar segredo", contou ele. "Caíca era como se fosse da família", lamenta a mãe. O irmão da governadora recusa-se a tocar no assunto.
A CPI paraense se debruçará sobre casos ainda mais chocantes. Um deles envolve o deputado estadual Luiz Afonso Sefer, do DEM. Ele é acusado de violentar uma garota de 9 anos. Segundo a denúncia, as agressões duraram quatro anos. A menina relatou que foi "entregue" a Sefer por Estélio Guimarães, vereador de Mocajuba, cidade de 23 000 habitantes, localizada em um belo cabo da margem direita do Rio Tocantins. A garota teria sido submetida a diversos tipos de sevícia sexual. Em seu relato mais dramático, ela conta que, como era ainda criança, o deputado usou um instrumento ginecológico para consumar o crime. Há pouco mais de um ano, descobriu-se que a polícia paraense manteve uma moça de 15 anos em uma cela com trinta presos, que a estupraram e torturaram por 24 dias. O então delegado-geral do estado, Raimundo Benassuly, culpou a vítima: disse que ela não reagiu por ser débil mental. A governadora Ana Júlia afastou-o do cargo. Durou pouco. Benassuly acaba de ser reempossado. Se os casos apurados pela CPI tiverem como consequência a mesma e branda punição dada ao delegado, as barbáries sexuais se perpetuarão.

JATENE – Ex-governador fará angioplastia

Internado na clínica Porto Dias, com problemas cardíacos, o ex-governador tucano Simão Jatene, segundo as primeiras notícias, deverá ser submetido a uma angioplastia nesta segunda-feira, 26, após ter passado por um cateterismo neste sábado, 24. Pelo que foi sublinhado para a imprensa, e enfatizado por esta, o estado de Jatene é estável e ele é mantido na UTI, a Unidade de Terapia Intensiva, como é usual em casos como o seu.
O cateterismo é um procedimento de introdução do cateter, tubo ou sonda de materiais diversos, flexível ou rígido, que se introduz em canais ou cavidades do corpo para explorar órgão ou parte dele, injetar líquidos, esvaziar cavidades, efetuar investigações. A angioplastia a que deverá ser submetido o ex-governador é uma intervenção cirúrgica destinada a reparar um vaso deformado, estreitado ou dilatado.

SEFER– Menor vítima de abuso sexual deixa Belém

Por determinação expressa do ministro Tarso Genro, da Justiça, foi transferida de Belém para Brasília a menor S. B. G., hoje com 13 anos e que, segundo denúncia formulada ao Ministério Público, foi vítima de abuso sexual por parte do deputado estadual Luiz Afonso Sefer, do DEM, dos 9 aos 12 anos, período no qual trabalhou e morou na casa do parlamentar.
A fonte da notícia é do Pro-Paz, um programa criado para atender crianças e adolescentes vítimas dos mais diversos tipos de violência. O programa mobiliza uma equipe multidisciplinar e em Belém funciona no hospital da Santa Casa de Misericórdia do Pará.

SEFER – O relato da garota ao Pro-Paz

A menor, natural de Mocajuba, foi encaminhada para o Pro-Paz pelo Conselho Tutelar de Belém, no qual chegou pelas mãos de uma vizinha, a quem a menina recorreu, ao passar a ser hostilizada e maltratada pelo parlamentar do DEM, de acordo com o seu depoimento. Os maus tratos relatados, acrescentou a garota, passaram a ocorrer após ter revelado os abusos sexuais dos quais foi vítima a uma antiga empregada de Sefer.
O depoimento da garota ao Pró-Paz foi feito em 22 de outubro de 2008.

SEFER – Os antecedentes do deputado do DEM

Segundo o jornalista Cláudio Humberto revelou em seu site, no último dia 9, o deputado Luiz Afonso Sefer –divorciado e pai de três filhos - responde a uma ação de investigação de paternidade, em ação que tramita no Tribunal de Justiça da Paraíba. Quando a criança nasceu, a mãe teria apenas 15 anos, revelou o jornalista no seu site.
Sob o título “Pedófilo do Pará é processado”, a notícia é a seguinte:

“O deputado estadual do Pará Luiz Afonso Sefer (DEM) acusado do crime de pedofilia contra uma criança de 9 anos, é réu em ação no Tribunal de Justiça da Paraíba sobre reconhecimento de paternidade. O processo, que teve início em meados de 2005, tramita em segredo de Justiça e nenhuma audiência foi realizada até agora. Quando a criança nasceu, a mãe teria apenas 15 anos de idade. Em razão do segredo de Justiça do processo contra o deputado Luiz Sefer, o TJ-PB não divulga a identidade da mãe da criança. Sefer se afastou da liderança do Democratas na Assembléia Legislativa e do posto de suplente da CPI da Pedofilia no Estado.”

SEFER – Parlamentar é íntimo dos petralhas da DS

O deputado Luiz Afonso Sefer é íntimo dos petralhas da DS, a Democracia Socialista, a tendência do PT da qual faz parte a governadora Ana Júlia Carepa, que pretendeu fazer dele o candidato a presidente da Assembléia Legislativa, com o apoio do Palácio dos Despachos. A idéia não prosperou diante das restrições feitas a Sefer pela bancada do PT.
Sefer, que é médico, é também proprietário, embora valendo-se de prepostos, de uma rede de hospitais, com unidades em Belém, Ananindeua, Abaetetuba e Igarapé-Miri. A fonte de receita dos hospitais deriva principalmente de convênios com a Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará.
O parlamentar do DEM também estaria por trás da OS, a Organização Social, a quem cabe administrar o hospital regional de Redenção. Segundo a versão corrente, com sua rede de hospitais, somada ao hospital regional de Redenção, o parlamentar do DEM embolsaria, mensalmente, algo em torno de R$ 5 milhões.

SEFER – Efeito Benassuly

Em um saudável laivo de sanidade, ao determinar a transferência para Brasília da menor supostamente vítima de abuso sexual pelo deputado Luiz Afonso Sefer, o ministro da Justiça aparentemente se antecipou à recondução, ao cargo de delegado geral da Polícia Civil, do delegado Raimundo Benassuly Maués Júnior. Uma recondução que previsivelmente desperta temores, diante do deprimente episódio protagonizado por Benassuly, tido e havido como íntimo da governadora Ana Júlia Carepa.
Benassuly ganhou notoriedade nacional ao depor na Comissão de Direitos Humanos do Senado, quando etiquetou de “débil mental”, por não informar ser de menoridade, a adolescente L. S. P., mantida em uma cela da delegacia de polícia de Abaetetuba com cerca de 30 presos, pelos quais foi estuprada e humilhada. Na ocasião, diante da indignação provocada pela declaração, Ana Júlia, que também se encontrava em Brasília, recriminou a postura do delegado, que em seguida foi exonerado, a pedido. A despeito da exoneração, ele manteve-se como a eminência parda do seu substituto, o delegado Justiniano Alves Júnior, ao qual agora substitui formalmente, sob a bênção da primeira governadora eleita do Pará.
A juíza Clarice Maria de Andrade, titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Abaetetuba, que autorizou a detenção da menor, permaneceu impune. E o Ministério Público, silente.

AMAZÔNIA – Desmatamento: pouco a festejar

Segundo levantamento feito pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), o desmatamento na Amazônia Legal caiu 82% entre agosto e dezembro de 2008 em relação ao mesmo período do ano passado. O próprio Ministério do Meio Ambiente reconheceu que o monitoramento pode ter sido prejudicado pela grande cobertura de nuvens nesta região durante o período.
Independentemente de qualquer condicionante, coube ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fazer a ressalva, que impõe cautela. “Não estamos eufóricos. O nível de desmatamento ainda é intolerável", afirmou o ministro. "Caiu muito, mas ainda está muito alto."

AMAZÔNIA – Números recomendam prudência

Mesmo tomando os números do Imazon como inquestionáveis, não há razão para os factóides disparados pelo governo Ana Júlia Carepa, superestimando o suposto avanço. A não ser, naturalmente, pelo raciocínio segundo o qual para quem estava reduzido à estaca zero, um palmo de terra conquistado sugere um continente.
Nesses cinco meses da noticiada queda no nível de desmatamento na Amazônia, o Pará foi responsável por 54% de devastação na região, seguido pelo Mato Grosso (24%), Amazonas (9%) e Rondônia (8%). É bem verdade que, dentre os Estado que registraram as quedas mais expressivas, se inclui o Pará. As quedas mais expressivas foram verificadas em Tocantins (-95%), Mato Grosso (-91%) e Rondônia (-84%) e Pará (-74%).

BATTISTI – Veja denuncia farsa de Tarso Genro

Em sua última edição, que já está nas bancas, a revista Veja denuncia que o italiano Cesare Battisti teve, sim, amplo direito de defesa e foi delatado por mais de uma pessoa. E afirma que o ministro Tarso Genro, da Justiça, concedeu-lhe refúgio político ignorando esses fatos.
Em seguida, a transcrição da matéria da Veja sobre o imbróglio:

Brasil

O que ainda não se sabia sobre ele

O terrorista Cesare Battisti teve, sim, amplo direito de defesa e foi delatado por mais de uma pessoa. Tarso Genro concedeu-lhe refúgio ignorando esses fatos, mas os fatos são teimosos

Laura Diniz

Na Carta ao Leitor de sua última edição, VEJA deu crédito a Tarso Genro, ministro da Justiça, que, depois de "estudo cuidadoso" dos processos italianos, disse não ter encontrado neles provas concretas que colocassem Cesare Battisti na cena dos quatro homicídios pelos quais ele havia sido condenado à prisão perpétua em seu país. Battisti, agraciado por Genro com o status de refugiado político no Brasil, foi um dos líderes do grupo extremista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), desbaratado há mais de vinte anos pela Justiça italiana graças à delação premiada de Pietro Mutti, um de seus fundadores. A reportagem de VEJA refez na semana passada o mesmo estudo que Tarso Genro garantiu ter feito. Além de ler os autos de cinco tribunais internacionais, a revista entrevistou magistrados italianos diretamente responsáveis pela investigação dos crimes de Battisti. Os resultados obtidos desmentem em sua essência todos os argumentos do ministro da Justiça brasileiro. Havia a possibilidade de Tarso estar certo, mas agora há a certeza de que ele está errado.
Ao contrário do que sustentou Tarso Genro, Battisti teve amplo direito de defesa e as provas contra ele vieram de testemunhos de diversas pessoas, e não apenas da delação premiada de Mutti. O ministro brasileiro colocou em suspeição as confissões de Mutti por duas razões. Primeiro, por entender que ele se beneficiou delas ao pôr toda a culpa sobre os ombros de Battisti. Segundo, porque Mutti estaria vivendo sob identidade falsa e não poderia ser encontrado para eventualmente inocentar Battisti no caso de o processo ser reaberto. Os fatos desmentem Tarso Genro em ambos os casos. Primeiro, Mutti cumpriu oito anos de cadeia por sua parceria terrorista com Battisti e nada teria a ganhar incriminando injustamente o colega, já que delatou o grupo todo. Segundo, Mutti não mudou de identidade e pode ser facilmente encontrado – como efetivamente o foi na semana passada por repórteres da revista italiana Panorama, que, depois de saberem da decisão e dos argumentos do ministro brasileiro, também foram atrás do ex-terrorista para elucidar o caso.
Ficou claro como cristal que:
• Battisti teve direito a ampla defesa. O histórico da defesa é narrado em minúcias no documento em que a Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, justifica a decisão de extraditar o terrorista para a Itália.
• A condenação de Battisti não se deu com base em um único testemunho. "Numerosos terroristas confirmaram as declarações de Mutti, assim como outras testemunhas", afirmou a VEJA o procurador da República de Milão Armando Spataro. A revista Panorama reproduz o depoimento de uma dessas testemunhas. Maria Cecília B, ex-namorada do terrorista, relatou às autoridades italianas: "Na primavera de 1979, Battisti, ao descrever-me a experiência de matar uma pessoa, fez referência ao homicídio de Santoro (o agente penitenciário Antonio Santoro) indicando a si mesmo como um dos autores". Em documento da Justiça italiana obtido por VEJA, testemunhas oculares relatam a presença de Battisti em dois dos homicídios.
• Mutti, o delator premiado, não mudou de identidade nem está desaparecido. Entrevistado por Panorama, relatou como ele e Battisti mataram um agente penitenciário.
A polêmica está longe de terminar. O presidente Lula já disse à Itália que o Brasil não vai recuar da decisão. O governo italiano avisou que vai usar todos os recursos jurídicos para conseguir a extradição. No mês que vem, quando termina o recesso do Judiciário, os ministros do Supremo Tribunal Federal terão de responder a uma pergunta fundamental para o desfecho do caso: pode o Executivo definir se um crime é ou não político, como fez Tarso? A resposta a essa questão é crucial, uma vez que, pela lei brasileira, quem comete crime político tem direito a refúgio e não pode ser extraditado. Assim, se o STF decidir que não cabe ao Executivo, ou seja, a Tarso Genro, decidir sobre a natureza dos crimes de Battisti, a consequência da ação do ministro – a concessão do refúgio – perderá validade. Nesse caso, a decisão de abrigar ou não o terrorista no país ficará a cargo do STF. Estará em melhores mãos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

AMAZÔNIA – Cai o ritmo do desmatamento

Segundo revelou a TV Globo nesta sexta-feira, 23, no Jornal Nacional, o ritmo do desmatamento na Amazônia caiu 82% entre agosto e dezembro do ano passado em relação ao mesmo período de 2007. Os dados são da ONG Imazon, acrescentou a notícia.
O Jornal Nacional informou que, de acordo com o instituto, nos últimos cinco meses de 2008 foram derrubados 635 km² de floresta contra 3433 km² registrados entre agosto e dezembro de 2007.
O Ministério do Meio Ambiente reconheceu que o monitoramento pode ter sido prejudicado pela grande cobertura de nuvens nesta região durante o período, complementou o principal telejornal da TV Globo, da qual é afiliada no Pará a TV Liberal.

IMPRENSA –Lúcio rebate questionamentos e críticas

Recebi e publico, com o merecido destaque, a explicação do jornalista Lúcio Flávio Pinto, diante dos questionamentos e críticas a ele feitos, em comentário anônimo postado neste blog, a propósito da real tiragem dos jornais O Liberal e Diário do Pará, este o líder em vendagem, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação). De reconhecida credibilidade, o IVC vem a ser o mais credenciado instituto de aferição sobre a circulação de veículos de comunicação da mídia impressa.
Os questionamentos e críticas foram feitos em um comentário anônimo sobre a postagem FÓRUM - Uma ausência sentida, de quinta-feira, 22. Um profissional de competência e experiência comprovadas, além de reconhecidamente sério e probo, Lúcio é também um jornalista premiado, inclusive internacionalmente. Ele é o solitário e destemido editor do Jornal Pessoal, a mais longeva publicação da imprensa alternativa brasileira. Com seu Jornal Pessoal, Lúcio Flávio foi o primeiro a quebrar o monopólio da informação da grande imprensa do Pará, além de expor as eventuais mazelas desta, o que resultou na covarde agressão física da qual foi vítima, perpetrada por Ronaldo Maiorana, diretor editor corporativo de O Liberal, com o auxílio de PMs que fazem a segurança de um dos ilustres barões da comunicação do Estado.

IMPRENSA – A resposta do jornalista

Transcrevo abaixo, na íntegra, o e-mail remetido a este blog pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto.

“Caro Barata.

“A informação que publiquei sobre a tiragem do Diário do Pará foi extraída do boletim do IVC de setembro do ano passado. Como O Liberal não é mais auditado pelo instituto e não divulga a auditagem que faz com Ernst & Young, temos que nos basear na última auditagem divulgada da IVC no jornal dos Maiorana, que coloca O Liberal abaixo do Diário do Pará. Os números citados pelo auto-nomeado ombudsman se baseiam em sua pesquisa pessoal, que, infelizmente, não tem a credibilidade do IVC. Se ambos queremos chegar à verdade, por que ele não se identifica para o diálogo (ou o embate) necessário? As informações que publico têm fonte identificada, citada e de crédito. O que digo é demonstrado, como, só para dar um exemplo, a contagem das páginas dos dois jornais, ambos reincidentes em computar como standards as páginas dos tablóides que encartam nas suas edições. Quanto aos juízos de valor a meu respeito, felizmente há quem divirja do anônimo julgador. Um abraço. Lúcio Flávio Pinto”

IMPRENSA – O agradecimento ao blog

Em e-mail subseqüente, na qual aproveita para ironizar seu crítico anônimo, o jornalista Lúcio Flávio Pinto agradece a referência que fiz a ele, lamentando sua ausência no debate a ser realizado sobre “Memória dos Conflitos Agrários no Pará”, durante o Fórum Social Mundial.

“Ah, sim, Barata, é tão grande a minha vaidade que me esqueci de agradecer sua referência à minha ausência ao debate sobre a figura do Quintino. Escrevi muito sobre ele na coluna diária que tinha na época em O Liberal e contei a história da sua morte, numa operação concebida e executada pela casa militar do governador Jader Barbalho. Quintino foi uma versão de Robin Hood que se ajustou à era do franciscanismo depravado (‘é dando que se recebe’, ou, na versão mais pragmática: ‘dá-se algum e desvia-se muito’). Abraço, Lúcio Flávio Pinto”

IMPRENSA - Aliás

Cabe uma retificação ao comentário também anônimo, aqui postado, afirmando que as omissões verificadas na versão online de O Liberal e do Diário do Pará, que suprimem até manchetes de primeira página de suas edições impressas, é uma prática comum aos demais jornais. Os demais jornais com versão online, na justificativa esgrimida pelo autor do comentário, também restringem o acesso aos internautas que são assinantes.
Reitero o que expus didaticamente e que o autor do comentário insiste em pretender desconhecer. Restringir o acesso às versões online é um recurso indiscutivelmente lícito dos jornais impressos e uma prática corrente entre os principais diários da imprensa nacional – O Globo, Folha de S. Paulo e Estadão. Desrespeitoso, repito, é colocar no ar versões online incompletas, que sonegam até informações relevantes, ou que assim deveriam ser, em se tratando das manchetes de primeira página.

IMPRENSA– Atrações deste sábado no Jogo Aberto

O chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, o iracundo Cláudio Alberto Castelo Branco Puty, também conhecido como Pacheco, e os ativistas do movimento Greenpeace, além dos trabalhadores da área de saúde do município de Belém, são as atrações deste sábado, ao vivo, do programa Jogo Aberto, da Rádio Tabajara FM 106.1, que vai ao ar de 2 às 4 da tarde. Puty falará sobre o Fórum Social Mundial, os investimentos feitos para receber 100 mil pessoas, trinta mil delas estrangeiros de vários continentes do mundo, e também responderá às perguntas do jornalista Carlos Mendes, produtor e apresentador do programa. Os ouvintes também poderão fazer perguntas a Puty, pelo e-mail radiotabajarafm@hotmail.com.
Os ativistas do Greenpeace. cujo navio "Arctic Sunrise" está atracado no porto de Belém e aberto à visitação pública, irá tratar de aquecimento global e sua influência sobre o clima do mundo, especialmente na Amazônia. A devastação da floresta, a grilagem e a expansão da soja na Amazônia também serão tratados. Por fim, sindicalistas do Sindsaúde irão falar sobre a situação dos hospitais públicos, as condições de trabalho de servidores e médicos, bem como o tratamento à população de Belém que procura postos de saúde e pronto-socorros. O "Jogo Aberto" poderá ser sintonizado no rádio, no celular ou pelo endereço www.radiotabajara.com.br .

IMPRENSA – Censura na BandNews Curitiba

Pinçado do site Comunique-se (http://www.comunique-se.com.br/).

Comentário político causa demissão na BandNews Curitiba

CARLA SOARES MARTIN, de São Paulo

Gladimir Nascimento, jornalista que implementou a rádio BandNews Curitiba, há três anos, não é, desde quinta (15/01), o diretor de jornalismo da emissora. Nascimento foi demitido, como diz, por “pressão política”.
“No fim do ano, houve uma sessão de madrugada na Assembléia Legislativa do Paraná na qual os deputados, na calada da noite, aprovaram a aposentadoria especial deles e reservaram R$ 17 milhões do orçamento de 2009 para esta aposentadoria”, diz Nascimento. Os deputados receberão uma aposentadoria de R$ 10,2 mil por mês.
Ao saber do assunto, Nascimento, conta, criticou duramente os deputados. E teceu o seguinte comentário: “Elegemos os políticos para serem representantes do povo e eles nos surpreendem como ladrões de galinha”, conta.
Por estas duras críticas, Gladimir Nascimento foi demitido.
Em Curitiba, como é comum a prática por outras emissoras que têm afiliadas em outros Estados, a BandNews arrendou a rádio de um empresário, neste caso Joel Malucelli. Foi Malucelli quem demitiu Nascimento. A BandNews de São Paulo nem ficou sabendo da demissão. “Joel Malucelli (dono da rádio arrendada pela Band News e também de outras empresas no Paraná) me demitiu argumentando pressão política. Ofereceu, em troca, que continuasse na TV Band News, mas decidi deixar o grupo”, conta Gladimir.
A rádio BandNews FM São Paulo enviou nota dizendo que não comenta fatos relativos à administração local de suas afiliadas.
Para o ex-diretor de jornalismo da BandNews, Joel Malucelli teve coragem de lhe relatar a verdade, o porquê de ter sido demitido. “Os comentários que eu fiz são fortes. Se as pessoas não gostam, que me demitam”, disse Nascimento. “Este episódio foi um exercício de liberdade, saber até onde poderia ir, e Joel (Malucelli) foi transparente”.
O empresário não foi encontrado para falar sobre o assunto nesta sexta-feira.

Assembléia Legislativa do Paraná não comenta demissão

A assessoria da Assembléia Legislativa do Paraná diz desconhecer a demissão do jornalista. Afirma que os comentários que Nascimento fez foram fortes e informa ainda que “a demissão do referido jornalista é uma questão entre o profissional e a emissora para a qual ele trabalhava".

JOÃO BATISTA – Pedro Batista faz noite de autógrafos

Dentro da programação do Fórum Social Mundial, será realizada na próximo quarta-feira, 28, a partir das 18 horas, no Teatro Estação Gasômetro, uma noite de autógrafos de Pedro César Batista, autor do livro João Batista, Mártir da Luta pela Reforma Agrária - Violência e Impunidade no Pará.
Jornalista, escritor e poeta, o autor é irmão do biografado e pretende, com o livro, resgatar a história da luta pela redemocratização, a partir da trajetória de João Batista, assassinado em 1988, em um crime anunciado pela própria vítima, quando exercia o mandato de deputado estadual do Pará.

SANTARÉM – PT critica decisão da Justiça Eleitoral

Em nota oficial, emitida pelo presidente regional do partido no Pará, João Batista Barbosa, o PT marca posição e acusa o TRE do Pará (Tribunal Regional Eleitoral) de cercear a participação democrática na nova disputa pela prefeitura de Santarém.
Segue abaixo, na íntegra, a nota oficial do PT.

NOTA OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DO PT-PA

“REGRAS DO TRE CERCEIAM A PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA

1. O PARTIDO DOS TRABALHADORES NO PARÁ LAMENTA, DENUNCIA E REPUDIA A DECISÃO DO TRE – TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL , EM PRATICAMENTE DEIXAR FORA DA NOVA DISPUTA ELEITORAL O PT DE SANTARÉM, JUSTAMENTE O PARTIDO QUE ESTAVA NO GOVERNO E FOI DEMOCRATICAMENTE REELEITO PELO POVO, NUMA AMPLA COLIGAÇÃO.

2. AO DETERMINAR QUE A DESINCOMPATIBILIZAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS EXERCENTES DE CARGOS PÚBLICOS TEM QUE LEVAR EM CONTA O FINAL DE JUNHO-2008 E NÃO UMA NOVA DATA QUE DEVERIA TER SIDO MARCADA NO NOVOCALENDÁRIO ELEITORAL, O TRE RESTRINGE A PARTICIPAÇÃO DAS LIDERANÇAS DO PT QUE ESTAVAM NO GOVERNO DE SANTARÉM, OU EM OUTROS CARGOS PÚBLICOS.

3. ORA, SE O TRE DETERMINA UM NOVO PLEITO, COM PRAZO PARA CONVENÇÃO, PROPAGANDA ELEITORAL E TODAS AS ATIVIDADES DE UMA ELEIÇÃO, POR QUE MANTÉM O PRAZO DA DESINCOMPATIBILIZAÇÃO LIGADO A JUNHO-2008?

4. POR QUE O DOUTO TRIBUNAL NÃO ESTABELECEU UMA DATA RAZOÁVEL DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO, PERMITINDO A PLENA PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS PARTIDOS NO PLEITO E A DEMOCRACIA?

5. O PT IRÁ À JUSTIÇA QUESTIONAR A DECISÃO DO TRE, QUE ATINGE TÃO-SOMENTE O PARTIDO DOS TRABALHADORES E DEIXA EM XEQUE A DEMOCRACIA AO RESTRINGIR A PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS PARTIDOS EM CONDIÇÕES SEMELHANTES.

João Batista Barbosa
Presidente do PT"

PTP – Bordalo convida para audiência pública

Registro e agradeço o convite feito em nome do deputado petista Carlos Bordalo para acompanhar a audiência pública promovida pelo governo Ana Júlia Carepa, como parte do PTP, o Planejamento Territorial Participativo. A reunião está prevista para este sábado, 24, a partir das 15 horas, na Terra Firme, na quadra da paróquia São Domingos de Gusmão, localizada na praça Olavo Bilac.
A audiência pública deverá reunir, segundo o e-mail enviado pelo deputado Carlos Bordalo, moradores dos bairros da Terra Firme, Guamá, Canudos e Marco. Na pauta da reunião figuram o saneamento integrado da bacia do Tucunduba, duplicação da avenida Perimetral, construção do residencial Liberdade I e II, curtume Santo Antonio, projeto Riacho Doce/Pantanal, terminal de passageiros da UFPA, parque de ciência e tecnologia do Guamá, biblioteca digital e segurança cidadã.

CÂMARA – O insaciável apetite dos políticos

Em um momento de crise econômica mundial, da qual o resultado mais imediato foi o desemprego massivo, a Câmara dos Deputados retoma seus trabalhos sob a forte pressão para que para que 7.343 vagas de vereador sejam criadas imediatamente em todo o País. Além da eleição para a presidência da Casa, também está prevista para o próximo dia 2 de fevereiro, às 8 horas, uma manifestação dos beneficiados da chamada PEC dos Vereadores.
A denúncia sobre o insaciável apetite dos políticos inescrupulosos, cujo ônus recaí sobre os contribuintes, está na edição desta sexta-feira, 23, do site Comunique-se (http://www.comunique-se.br/). Transcrevo, integralmente, a matéria do Comunique-se.

A volta do lobby pela PEC dos Vereadores

Mais de 10 mil manifestantes vão ao Congresso cobrar a criação de mais de 7 mil vagas em câmaras

Rodolfo Torres

O ano legislativo começará na Câmara sob forte pressão para que 7.343 vagas de vereador sejam criadas imediatamente em todo o país. Além da eleição para a presidência da Casa, também está prevista para o próximo dia 2 de fevereiro, às 8h, uma manifestação dos beneficiados da chamada PEC dos Vereadores.
De acordo com Fábio Persi (PSC), um dos coordenadores do Movimento pela Recomposição das Câmaras Municipais, a expectativa é de que 10 mil pessoas compareçam ao Congresso para cobrar da Câmara a promulgação da proposta.
“Será uma grande manifestação, com caravanas de todos os estados reivindicando a promulgação. A matéria já foi aprovada e não cabe recusa da Câmara”, afirma Persi, que será o primeiro vereador de Governador Valadares (MG) beneficiado com a promulgação da PEC.
De acordo com Persi, a proposição “democratiza as câmaras e resgata a representatividade popular”. “Fomos testados nas urnas e recebemos o apoio popular.”
Em linhas gerais, a PEC dos Vereadores amplia de 51.748 para 59.791 o número desses cargos no país (ou seja, 14,1% de ampliação de vagas). A matéria altera a proporcionalidade de vereadores em relação à quantidade de habitantes de cada município. Dessa forma, os municípios com até 15 mil habitantes teriam nove. Por sua vez, os maiores, aqueles com até 8 milhões, contariam com 55 vereadores.
Como exemplo da necessidade do maior número de vereadores, Persi cita o caso da cidade mineira de Serra da Saudade. O município, que tem 863 habitantes, possui nove vereadores. Já Governador Valadares, que conta com mais de 260 mil habitantes, aparece com 14 vereadores.
Outro defensor da promulgação da proposta é o atual presidente da União dos Vereadores do Brasil (UVB), Bento Batista da Silva (PTB). Vereador na cidade de Juranda (PR), Bento ressalta que a medida não trará nenhum aumento de despesas aos cofres públicos. “Não está se pedindo um centavo a mais.”

Repasses

Aprovada pelo Senado no final de 2008, a proposta não foi promulgada pela Mesa Diretora da Câmara, que alega que a proposição foi substancialmente alterada pelos senadores. No que diz respeito ao aumento do número de vereadores, Câmara e Senado concordaram. Contudo, a polêmica entre as Casas reside no repasse de recursos públicos para os legislativos municipais.
Enquanto os deputados aprovaram a redução em R$ 1,2 bilhão nos repasses anuais às câmaras – passando dos atuais R$ 6 bilhões para R$ 4,8 bilhões –, os senadores desmembraram esse item em uma outra proposta de emenda à Constituição (PEC), a chamada PEC paralela, que atualmente tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Como esse desmenbramento do texto, que já tinha sido aprovado integralmente pela Câmara, os senadores mantiveram os atuais repasses, o que gerou toda a polêmica entre as duas Casas.
O fato provocou atrito entre o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá a questão após o recesso forense.
“Na Câmara, nós aprovamos um remanejamento que implicou aumento do número de vereadores para que os municípios tivessem uma representação mais equilibrada, mas ao mesmo tempo aprovamos uma redução nos gastos das câmaras de vereadores. No Senado, eles referendaram o número de vereadores que a Câmara aprovou, mas mantiveram os gastos. Como a Mesa poderia promulgar contrariando aquilo que a própria Câmara deliberou?, argumentou Chinaglia em dezembro passado.
Por sua vez, Garibaldi acionou a Advocacia do Senado, que impetrou um mandado de segurança no STF para tentar garantir a promulgação da proposta antes do dia 1º de janeiro deste ano, data que os atuais vereadores tomaram posse. "Se nem ao presidente da República, que tem poder de veto sobre a produção legislativa, é dado vetar Proposta de Emenda Constitucional, não seria a Mesa de uma das Casas que teria essa prerrogativa constitucional", afirma trecho do mandado de segurança.

PEC paralela

Para o autor da PEC, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a questão deve ser resolvida no Congresso. “O STF não tem o que dizer”, ressalta o deputado gaúcho, complementando que basta o Senado analisar a chamada PEC paralela, que trata do repasse às câmaras municipais, para encerrar a discussão. “Se for só para aumentar o número de vereadores, não é bom. Quero que seja promulgada a proposta integralmente”, pede Pompeo de Mattos.
O deputado do PDT avalia que o Senado deve a análisar da PEC paralela a partir do próximo mês, o que resolveria o impasse entre as duas casas. Mas Pompeu alerta para outra polêmica na proposta. A de que a real discussão diz respeito à data em que a medida será adotada. “Por que esperar quatro anos? Por que não começar a economia em 2010?”
Ao Congresso em Foco, a assessoria do presidente da CCJ do Senado, Marco Maciel (DEM-PE), afirmou que o parlamentar vai aguardar a decisão do Supremo para, a partir de então, definir quem será o relator da PEC paralela.
Uma PEC tem de percorrer longo caminho no Congresso antes de ser promulgada. Além de ser analisada por duas comissões específicas (a Comissão de Constituição e Justiça e a comissão especial, no caso da Câmara), a matéria precisa ser aprovada em dois turnos por cada uma das Casas e receber, no mínimo, a adesão de 3/5 dos parlamentares.

Desgaste

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, lembra que houve uma reunião entre a entidade e membros do Senado antes de a matéria ir ao plenário daquela Casa. “Avisamos aos senadores que ia dar esse desgaste.”
Ziulkoski ressalta que a CNM defende a proposta da forma que foi aprovada pela Câmara e avalia que a questão principal não é a quantidade de vereadores nas cidades, que pode ser maior. O problema, segundo ele, são os custos das câmaras municipais. “É preciso diminuir os gastos com as câmaras”, afirma, lembrando que mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promover um corte de 8.481 vagas de vereador em 2004, as despesas com as câmaras aumentaram.
“Todo mundo está fazendo arrocho, e é preciso que as câmaras também façam”, afirma o presidente da entidade, em referência à crise econômica mundial.
Por sua vez, Persi, do Movimento pela Recomposição das Câmaras Municipais, lembra que em 2004, quando houve redução do número de vereadores, “o repasse continuou” idêntico ao do ano anterior. “O gasto vai continuar o mesmo”, reforça.
Persi ainda sustenta que a criação de novos cargos de vereador também pode auxiliar o país a enfrentar o desemprego provocado pela crise econômica. De acordo com ele, cada um dos novos 7.343 vereadores “vai ter condições de contratar quatro ou cinco pessoas”. “Se considerarmos os números, poderemos chegar a mais de 30 mil novos empregos”, argumenta.
Já o presidente da UVB, Bento Batista, destaca que a redução no repasse “causará o fechamento de várias câmaras” pelo país afora, aumentando as estatísticas de demissões. De acordo com Bento Batista, 80% das câmaras municipais do Brasil são pequenas e contam com uma estrutura mínima de funcionamento. “Ninguém tem mordomia. Estamos dia e noite atendendo a população.”

Resposta ao Supremo

Chinaglia enviará ao Supremo na próxima semana a resposta sobre a recusa da Câmara em promulgar a PEC. Conforme ressaltou a assessoria do petista, a matéria precisa ser novamente analisada pela Casa, uma vez que o Senado alterou o mérito da proposta. “Essa é a posição unânime da Mesa”, explicou a assessoria da Presidência da Câmara.
Conforme já destacou Chinaglia, a promulgação da matéria – além de não diminuir os gastos com as câmaras municipais – poderia provocar um enxurrada de ações na Justiça. Isso porque as regras das últimas eleições municipais não previam esses cargos extras nos legislativos das cidades brasileiras.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

SERVIÇO – Estipulado limite para atraso nos vôos

Segundo a AE, a Agência Estado, as companhias aéreas que operam nos aeroportos brasileiros terão de informar os passageiros sobre atraso ou cancelamento de vôos com no mínimo 2 horas de antecedência em relação ao embarque, determinou a 6.ª Vara Federal da 3ª Região (São Paulo).
A AE informa também que resolução, publicada segunda-feira no Diário do Judiciário - com validade imediata -, partiu de uma ação civil proposta pela Fundação Procon-SP, representada pela Procuradoria Geral do Estado, e pelo Idec, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. As companhias que infringirem o prazo terão de pagar multa de R$ 10 mil por atraso registrado.

SERVIÇO – Garantias para os passageiros

A notícia acrescenta que a fiscalização das companhias, segundo a Justiça Federal, é de responsabilidade da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que ficou incumbida de apresentar ao Procon-SP relatório mensal em que constem todos os vôos cancelados ou com atraso maior que 30 minutos.
A resolução estabelece que as companhias que apresentarem atrasos devem prestar auxílio aos passageiros, garantindo alimentação, suporte de comunicação e instalações (hospedagem e transporte). Em caso de descumprimento, a multa prevista é de R$ 50 mil por irregularidade registrada.
A AE acentua que os passageiros que tenham tido problema de atraso sem aviso desde segunda-feira devem entrar em contato com a Fundação Procon, de São Paulo.

SUPERMERCADOS – O embuste das ofertas

Merece atenção a denúncia aqui feita sobre o embuste que representam as promoções dos supermercados, que frequentemente oferecem produtos abaixo do preço, mas a dias do vencimento do prazo de validade para consumo.
Esse golpe é muito comum no caso de iogurtes, habitualmente vendidos a preços promocionais faltando três, dois dias para a data de vencimento do prazo de validade para consumo.

SUPERMERCADOS – A sujeira do Y.Yamada Plaza

Sabe-se que, sob o signo do governo Ana Júlia Carepa (PT) e da administração do prefeito reeleito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, vigilância sanitária tornou-se utensílio de museu. Mas soa intolerável a sujeira na área de carga e descarga do Y.Yamada Plaza, na travessa 14 de Abril, contígua ao restaurante Hakata.
No local, acumula-se lixo, incluindo restos de produtos perecíveis, que atraem ratazanas e do qual exala um odor fétido, que por vezes provoca náuseas, para o qual contribuem os restos de comida, já estragada, acumulados na área da garagem do restaurante Hakata.
Detalhe: entre a área de carga e descarga e o restaurante localiza-se o local de entrada e saída dos funcionários do Y.Yamada Plaza, obrigados a conviver diariamente com toda essa repugnante sujeira. Não há como justificar a situação, cotejando, por exemplo, com a limpeza e a higiene da área de carga e descarga do supermercado Líder da avenida Padre Eutíquio, localizada na avenida Serzedelo Correa.

LIXO – O despautério da Clean Gestão Ambiental

Logo no início da manhã desta quinta-feira, 22, por volta das 8h20, um carro de coleta de lixo da Clean Gestão Ambiental, placa CHY-6879, provocou um monumental congestionamento, com o indefectível buzinaço, no entorno do Tribunal de Justiça, na Cidade Velha. Lépido e fagueiro, o motorista da Clean Gestão Ambiental trafegava, em plena contramão, na rua que passa em frente à igrejinha de São João.
Na ocasião não havia vestígios de um mísero guarda da CTBel, a Companhia de Transporte do Município de Belém. Coisas próprias da Belém do prefeito reeleito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu.

LIXO – Na contramão da suposta excelência

O episódio protagonizado pelo motorista da Clean Gestão Ambiental está na mais absoluta contramão da excelência trombeteada pela empresa.
No seu site, a Clean Gestão Ambiental alardeia a suposta excelência dos seus serviços, presentes em 17 municípios do Pará. E revela ter, entre seus mais de 350 clientes, o 2º BIS, BR Distribuidora, Transpetro, Ciaba, CDP, Ceasa, Vale, Hospital Gaspar Viana, Hospital Metropolitano, Hospital Ofir Loyola, Sespa, Infraero, Semma, os grupos Líder e Y.Yamada, Unama, Terraplena, e as prefeituras de Ananindeua, Bragança, Parauapebas, Santarém, Tucuruí e Tomé-Açu.

LIXO – A sujeira no entorno do pólo joalheiro

Garantida a reeleição, o nefasto Dudu não deixou apenas um vasto elenco de obras inacabadas e dívidas de campanha. Ele também deixou Belém à mingua, na mais absoluta sujeira.
Às vésperas do Fórum Social Mundial, quando parte do mundo volta seus olhares para Belém, no que deveria ser a oportunidade da cidade tentar vender seus atrativos ao turismo receptivo, o entorno do pólo joalheiro acumula lixo a céu aberto. Mas o nefasto Dudu, ao que parece, só tem olhos para Brasília e suas pipiras.

FÓRUM – Uma ausência sentida

Como parte da programação do Fórum Social Mundial está previsto um debate sobre “Memória dos Conflitos Agrários no Pará”, a ser realizado no próximo dia 31, com início às 9 horas, no pavilhão M, sala Mb 03, do campus universitário da UFPA, a Universidade Federal do Pará. O evento assinala o lançamento do projeto do documentário “Nas trilhas do gatilheiro: a história de Quintino da Silva Lira”.
A ausência sentida no debate, pelo seu inquestionável conhecimento e isenção em torno do tema, é a do jornalista Lúcio Flávio Pinto. Até para evitar o risco de que se pretenda perpetuar o engodo que é tentar apresentar Quintino como um suposto justiceiro, quando sobram evidências de que se tratava de uma versão prostituída de Robin Hood, cujo discurso na verdade escamoteava a venda de proteção aos senhores das terras.

DESGOVERNO – O descalabro dos petralhas

A quem interessa a ignomínia? Esta é a pergunta que me ocorre, diante da sucessão de comentários anônimos insultuosos, invariavelmente feitos em termos chulos, impublicáveis, porque grosseiramente pornográficos, nas postagens nas quais critiquei a recondução de Raimundo Benassuly Maués Júnior ao cargo de delegado geral da Polícia Civil, sob a bênção da governadora Ana Júlia Carepa.
É inevitável a ilação de que, bancados com dinheiro público, os áulicos dos atuais inquilinos do poder são encarregados do serviço sujo, na vã tentativa de intimidar-me. A mim o baixo nível da escumalha não surpreende ou amendronta, mas nem por isso deixa de soar repulsivo constatar que servidores públicos, pagos pelo contribuinte, não estão a serviço deste, mas da mais torpe intolerância dos poderosos de plantão.

DESGOVERNO – As especulações sobre Pacheco

Um comentário anônimo evidencia que já transbordou dos limites do Palácio dos Despachos as especulações em torno do suposto destino do chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia Carepa, o iracundo Cláudio Alberto Castelo Branco Puty. Ele é também conhecido como Pacheco, em alusão ao personagem de Eça de Queiroz farto em empáfia e parco em realizações.
Segundo a especulação vazada do próprio Palácio dos Despachos, Puty, o desastrado articulador político do governo Ana Júlia Carepa, deverá deixar em breve a Casa Civil, com destino ainda ignorado.
Na eventualidade de deixar o governo, Pacheco bem poderia se juntar aos irmãos Marcílio e Maurílio e tentar ganhar a vida na ribalta, como um dos Três Patetas. Hilários os três são.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SUPERMERCADOS – Evidências de cartelização

São fortes os indícios de cartelização aparentemente promovida pelos supermercados no Pará. As evidências sugerem a existência de acordo comercial entre os supermercados, visando à distribuição entre eles das cotas de produção e do mercado, com a finalidade de determinar os preços e limitar a concorrência.
Para driblar a acusação de cartelização, as principais redes de supermercados do Estado praticam preços com pequenas variações. É dispensável dizer que essa prática conspira cruelmente contra o consumidor.