sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

IMPRENSA – A resposta do jornalista

Transcrevo abaixo, na íntegra, o e-mail remetido a este blog pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto.

“Caro Barata.

“A informação que publiquei sobre a tiragem do Diário do Pará foi extraída do boletim do IVC de setembro do ano passado. Como O Liberal não é mais auditado pelo instituto e não divulga a auditagem que faz com Ernst & Young, temos que nos basear na última auditagem divulgada da IVC no jornal dos Maiorana, que coloca O Liberal abaixo do Diário do Pará. Os números citados pelo auto-nomeado ombudsman se baseiam em sua pesquisa pessoal, que, infelizmente, não tem a credibilidade do IVC. Se ambos queremos chegar à verdade, por que ele não se identifica para o diálogo (ou o embate) necessário? As informações que publico têm fonte identificada, citada e de crédito. O que digo é demonstrado, como, só para dar um exemplo, a contagem das páginas dos dois jornais, ambos reincidentes em computar como standards as páginas dos tablóides que encartam nas suas edições. Quanto aos juízos de valor a meu respeito, felizmente há quem divirja do anônimo julgador. Um abraço. Lúcio Flávio Pinto”

4 comentários :

Anônimo disse...

nisso eu concordo com Lucio. todos aqui tem livre acesso como anonimo por varios motivos,preincipalmente por medo de se perder o emprego ou ser perseguido. Mas por se tratar de opiniao pessoal desse senhor anonimo e sabendo que Lucio Flavio não iria "vingar-se" dele e tao somente responder, acho ate desnecessario se dá muita imoortancia para esse ombusmam.Ta se vendo que o que ele diz, não se escreve.Por isso perguntei antes, porque nao mandou uma carta aberta ao flavio identificando-se? por que pelo blog? quer encontrar um jeito de fazer Barata e Lucio se indisporem? acho que não deu certo...

Anônimo disse...

É óbvio que o auto-intitulado ombudsman do Jornal Pesoal, de fato, ele sim, tem alguma questão psicológica mal resolvida em relação ao Lucio Flavio. Alguma frustração que Freud certamente explica. Mas aproveito para uma reflexão: o estado do Pará não tem uma grande imprensa livre, e seus cidadãos também não sentem ter seus direitos individuais garantidos. A prova disso é a quantidade de mensagens anônimas, muitas delas de bom conteúdo, mas sempre com o cuidado do anononimato. Por precauções óbvias. Por fim, outra reflexão: definitivamente no estado, a melhor fonte de informação e de debate sobre a notícia, são os blogs, inclusive este do Barata, e não os veículos de comunicação tradicionais.

Kleber

Anônimo disse...

Venho aqui somente manifestar o apoio de mais um paraense ao jornalista Lucio Flávio. Não o conheço pessoalmente, mas sim parte de sua trajetória, e creio que este faça parte de um pequeno grupo que existe para equilibrar as forças tão díspares existentes em nossa pequena sociedade feudal.
Lúcio, você consegue minimizar um pouco a vontade de irmos embora deste belo feio lugar, ao nos dar o exemplo de que também é nosso papel falar, protestar, mostrar-nos indignados.
Parabéns e obrigado.

Anônimo disse...

Barata, o Lúcio Flávio é uma das reservas morais deste estado, jornalista probo e competente, intelectual de primeira grandeza que serve de orgulho a imensa maioria dos amazônidas. Os tipos de agressões que tem sido vitima compõem um vasto elenco, mas ele não se rende, continua na sua caminhada. Lembro que certo sábado, nos anos 80, no Colégio São Paulo, numa reunião de Pais e Mestres, organizada pela dedicada e competente Irmã Madalena - Diretora do colégio - o Lúcio Flávio fez uma palestra sobre "Educação e Comunicação". Ele começou sua fala dizendo que não era mais jornalista de " O Liberal", que tinha recebido o "bilhete azul" na véspera. O motivo era pq estava incomodando o governador de plantão - Jader Barbalho - sobre as matérias que estava produzindo sobre as "Terras do Aurá". Na sua fala tb destacou que na ditadura a censura era explicita, o coronel estava presente na redação. Naquele momente estava vivenciando outra forma de ditadura, cujos mentores ficam na face oculta. Relembrei este fato pq o mecanismo continua o mesmo, aliás atualizadíssimo com o uso de recursos públicos que são drenados dos governos para "os coronéis das mídias" no estado.