segunda-feira, 22 de junho de 2009

CARNE – O boicote aos devastadores

Soa hilária a tentativa de polemizar sobre a exigência de um certificado de origem da carne vendida diretamente ao consumidor interno, a exemplo do que ocorre quando o produto é exportado. Soa a discurso corporativo a grita que se sucedeu depois que as cadeias de supermercados passaram a exigir um certificado de origem da carne vendida diretamente ao consumidor, como forma de impedir o desmatamento da Amazônia causado pela pecuária, obedecendo às exigências surgidas a partir de ações do Ministério Público Federal.
O estopim do imbróglio foi a investigação das fazendas produtoras de gado feita pelo Ministério Público Federal. Este flagrou gado sendo criado onde deveria ser floresta e abriu processos contra 21 fazendeiros e 11 frigoríficos.

Um comentário :

Anônimo disse...

Os pecuaristas paraenses sempre querem que a correção seja para os outros:

A pecuária no estado do Pará é um negócio com um histórico de vilanias que vão muito além da formação de grandes clareiras na densa floresta amazônica, e o mais incrível é que todas as soluções encontradas pela política são ultrajantes e inglórias para as nobres causas das suas vítimas. É uma sujeira atrás da outra, que fede bem mais que o cocô dos bovinos.

Certa vez o fazedeiro "Vavá" acabou com a eficiente fiscalização e a cobrança de impostos sobre a venda do boi da maneira mais covarde possível: juntou dois capangas e invadiu o lar de um fiscal honesto, para matá-lo à tiros e golpes de porrete na frente dos filhos e da esposa. Dois dias depois Jáder tomou uma atitude: isentou os pecuaritas do imposto!

Depois de toda esta celeuma de denúncias de grilagem na amazônia, de especulação violenta, da matança de líderes sindicais e de religiosos, o congresso nacional tomou uma decisão: regularizar todas estas terras invadidas e ilegais, legitimizando a lei do mais forte (a do latifúndio).

Virou notícia corriqueira a venda de madeira ilegal, de expedientes fraudulentos na liberação de guias florestais, das queimadas, dos desastres ecológicos, etc, e novamente assistimos a um novo cambalacho para liberação do boi anti-ecológico no Pará, como se esses fazendeiros tivessem tradição de respeitar cercas, posses dos outros, a fauna, a flora, etc.