segunda-feira, 21 de junho de 2010

CENSURA – A criatura e o criador

Por enquanto, aparentemente, criatura e criador parecem estar em plena sintonia. Sobretudo em matéria de covardia moral, que costuma pavimentar o atalho que conduz ao mais abjeto arrivismo. Algo previsível, depois que Jarbas Vasconcelos e Ophir Cavalcante Júnior, o Ophirzinho, deletaram as críticas e reservas mútuas, por mera conveniência eleitoral. Foi esse pragmatismo de ética no mínimo duvidosa que tornou possível Vasconcelos ser eleito presidente da OAB no Pará, mesmo sem densidade eleitoral suficiente para tanto, como ficou evidente na eleição de 2000 da OAB. Na ocasião, Vasconcelos foi massacrado eleitoralmente por Ophirzinho, mas antes da apuração viveu um drama constrangedor, emblemático da sua credibilidade, que foi ficar sob a ameaça de não conseguir inscrever sua chapa, porque não conseguia completá-la. Por isso, da chapa fizeram parte advogados recrutados de última hora.
Quando presidiu a Ordem no Pará, Ophirzinho protagonizou um episódio patético, ilustrativo do seu caráter. Ele permaneceu silente diante da covarde agressão ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, perpetrada por Ronaldo Maiorana, diretor editor corporativo de O Liberal, o principal jornal do grupo de comunicação da família Maiorana, também integrado pela TV Liberal, afiliada da Rede Globo de Televisão, o que lhe garante a condição de líder absoluta de audiência. Naquela ocasião, convém recordar, Ronaldo integrava a comissão de defesa da liberdade de imprensa da OAB e sua vil agressão a Lúcio, consumada com o auxílio de capangas, teve como justificativa o jornalista ter feito alusões ao passado do patriarca dos Maiorana, Romulo Maiorana, e da sua viúva, dona Déa Maiorana, presidente das ORM, as Organizações Romulo Maiorana.

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