quinta-feira, 8 de julho de 2010

FÁBRICA ESPERANÇA – Revolta e agressões físicas

A fúria dos desesperados. Assim podem ser definidos os episódios de agressões físicas registrados na manhã desta quinta-feira, 8, envolvendo funcionários da Fábrica Esperança, um contingente de cerca de 300 egressos do sistema penal, cuja maioria ganha um salário mínimo – R$ 510,00. Por conta do sistemático atraso nos repasses de recursos das diversas instâncias do governo da petista Ana Júlia Carepa (foto) que se valem dos seus serviços, a Fábrica Esperança passou a atrasar o pagamento dos seus funcionários, que só receberam o salário de maio, por exemplo, a 15 de junho. Diante de um novo atraso no pagamento, com a notícia de que os funcionários deverão receber apenas 20% do salário de junho – percentual equivalente a R$ 102,00 - nesta sexta-feira, 9, um grupo deles pretendeu deflagrar uma greve branca, proposta rejeitada pela maioria. Dois funcionários, um homem e uma mulher, que se recusaram a aderir a paralisação, foram agredidos a socos.
O apelo à violência física é incontestavelmente ignominioso e não pode e nem deve ficar impune. Mas trata-se de uma reação previsível, em se tratando de pessoas com um histórico de vida que passa ao largo das noções básicas de cidadania. Não se trata de buscar atenuantes para a covardia dos agressores, que certamente precisam ser exemplarmente punidos. Mas não há como eximir de responsabilidades os escalões superiores do governo Ana Júlia Carepa. E nem a própria governadora, entregue à volúpia do poder, traduzida na ávida busca por um segundo mandato, na qual mobiliza seu séquito de petralhas e utiliza escandalosamente recursos públicos na prestidigitação eleitoral, cooptando prefeitos com o que, jocosamente, é designado de kit reeleição, as patrulhas mecanizadas, constituídas por tratores, motoniveladoras e caminhões, sob os auspícios do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

9 comentários :

Anônimo disse...

VERGONHA, VERGONHA, VERGONHA, tomem VERGONHA na cara e paguem estes assalariados, pelo amor de Deus.
Enquanto isso o derrame de combustível nos órgãos daria para pagar os trabalhadores do projeto pelo menos por 12 meses, no mínimo.

Anônimo disse...

Qual é o mistério da SEFA em liberar os recursos para este projeto?
Enquanto isso tem empreiteiro se dando muito bem...
O discurso do PT é falacioso mesmo, na prática governam para poucos, pouquíssimos, aliás.

Anônimo disse...

MATERIA ENCONTRADA...PARA ENTENDER UM POUCO DO COMO O GOVERNO DO ESTADO AINDA NAO CONSEGUIU VISLUMBRAR A IMPORTANCIA DO UNICO PROJETO NO ESTADO QUE DE FATO DE TENTA A REINSERÇÃO, NO MAIS É SUBVERTER A ORDEM DAS COISAS...

Cidadania

Difícil recomeço
A vida na prisão, e depois dela, impõe práticas de resistência e muita gente luta para não retroceder. Proporcionar oportunidades para o exercício digno da liberdade ainda é uma de nossas grandes dívidas sociais

Por: Giedre Moura

São Paulo está diferente aos olhos de Pedro (nome fictício). O número de carros aumentou, os sentidos das ruas mudaram e pontos de referência como outdoors e letreiros gigantescos deixaram de existir. Pedro sempre morou na capital paulista, mas deixou de se relacionar com a cidade por 11 anos, 3 meses e 10 dias, isolado pelas celas de um presídio. Preso por assalto aos 21 anos de idade, Pedro, agora com 32, descreveu para a reportagem da Revista do Brasil a sensação de encarar a nova cidade velha 24 horas depois de deixar a carceragem. “Enfim, a liberdade, estou na rua tem um dia. É isso o que a gente mais quer quando está lá dentro, mas quando sai não sabe por onde começar.”

Ansiedade e felicidade. Medo e esperança. Esse turbilhão de emoções é típico de quem cumpriu sua pena, busca a reinserção na sociedade, não deve mais nada à Justiça e não deseja voltar a dever. O retorno não é nada fácil. Os ex-detentos, a maioria com baixa escolaridade e sem formação profissional, vivem ainda sob o forte estigma de crimes cometidos no passado e costumam amargar os últimos lugares na hora da disputa por um emprego.

Para tentar reverter essa situação, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram recentemente o programa Começar de Novo, com o objetivo de sensibilizar a população para a necessidade de reinserir, no mercado de trabalho e na sociedade, presos que já cumpriram suas penas. “Todo mundo tem falado muito de responsabilidade social, empresas divulgam projetos, mas são raros os programas para ajudar o ex-detento. Com a ressocialização dessas pessoas poderíamos reduzir a reincidência e a criminalidade”, afirma Antônio Humberto, conselheiro do CNJ.

A campanha engloba parcerias com entidades como Sesi, Senai e Fiesp para proporcionar treinamento e capacitação dos presos para o trabalho. Pretende também criar um sistema de bolsa de vagas para centralizar a oferta de empregos. O próprio STF destinará vagas para 40 pessoas sentenciadas, egressas de prisões em 2009, que receberão salários na casa dos R$ 600, e o CNJ espera que outros órgãos públicos façam o mesmo. Também foi fechado um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e com a Fifa para contratação de ex-detentos em obras da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. “A assistência à pessoa que está deixando o sistema penal é fundamental. Temos iniciativas e programas em todo o país, mas ainda são projetos isolados, é muito pouco”, afirma Ana Cristina de Alencar, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.

Anônimo disse...

MATERIA ENCONTRADA...PARA ENTENDER UM POUCO DO COMO O GOVERNO DO ESTADO AINDA NAO CONSEGUIU VISLUMBRAR A IMPORTANCIA DO UNICO PROJETO NO ESTADO QUE DE FATO DE TENTA A REINSERÇÃO, NO MAIS É SUBVERTER A ORDEM DAS COISAS...

Cidadania

Difícil recomeço
A vida na prisão, e depois dela, impõe práticas de resistência e muita gente luta para não retroceder. Proporcionar oportunidades para o exercício digno da liberdade ainda é uma de nossas grandes dívidas sociais

Por: Giedre Moura

São Paulo está diferente aos olhos de Pedro (nome fictício). O número de carros aumentou, os sentidos das ruas mudaram e pontos de referência como outdoors e letreiros gigantescos deixaram de existir. Pedro sempre morou na capital paulista, mas deixou de se relacionar com a cidade por 11 anos, 3 meses e 10 dias, isolado pelas celas de um presídio. Preso por assalto aos 21 anos de idade, Pedro, agora com 32, descreveu para a reportagem da Revista do Brasil a sensação de encarar a nova cidade velha 24 horas depois de deixar a carceragem. “Enfim, a liberdade, estou na rua tem um dia. É isso o que a gente mais quer quando está lá dentro, mas quando sai não sabe por onde começar.”

Ansiedade e felicidade. Medo e esperança. Esse turbilhão de emoções é típico de quem cumpriu sua pena, busca a reinserção na sociedade, não deve mais nada à Justiça e não deseja voltar a dever. O retorno não é nada fácil. Os ex-detentos, a maioria com baixa escolaridade e sem formação profissional, vivem ainda sob o forte estigma de crimes cometidos no passado e costumam amargar os últimos lugares na hora da disputa por um emprego.

Para tentar reverter essa situação, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) lançaram recentemente o programa Começar de Novo, com o objetivo de sensibilizar a população para a necessidade de reinserir, no mercado de trabalho e na sociedade, presos que já cumpriram suas penas. “Todo mundo tem falado muito de responsabilidade social, empresas divulgam projetos, mas são raros os programas para ajudar o ex-detento. Com a ressocialização dessas pessoas poderíamos reduzir a reincidência e a criminalidade”, afirma Antônio Humberto, conselheiro do CNJ.

A campanha engloba parcerias com entidades como Sesi, Senai e Fiesp para proporcionar treinamento e capacitação dos presos para o trabalho. Pretende também criar um sistema de bolsa de vagas para centralizar a oferta de empregos. O próprio STF destinará vagas para 40 pessoas sentenciadas, egressas de prisões em 2009, que receberão salários na casa dos R$ 600, e o CNJ espera que outros órgãos públicos façam o mesmo. Também foi fechado um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e com a Fifa para contratação de ex-detentos em obras da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. “A assistência à pessoa que está deixando o sistema penal é fundamental. Temos iniciativas e programas em todo o país, mas ainda são projetos isolados, é muito pouco”, afirma Ana Cristina de Alencar, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça.

Anônimo disse...

"Temos iniciativas e programas em todo o país, mas ainda são projetos isolados, é muito pouco”, afirma Ana Cristina de Alencar, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça."
o que Ana Cristina de Alencar nao sabe, é que existe um projeto que emprega, capacita,acompanha, assiste,acolhe e proporciona dignidade aos egressos, tudo em um só lugar.Isso é inédito, não em qualquer lugar do país.Só o governo nao consegue entender.

Anônimo disse...

Enquanto isso o Justiniano estava todo animado no Barra da RBA, tipo somos coleguinhas e pronto.
GOVERNADORA, tem gente no seu governo que há muito joga contra a Sra.. Acorde dessa letargia.

Anônimo disse...

o soco, recebemos no estômago, todas as vezes que nos deparamos com as dificuldades que a fasbrica vive e que seria desnecessario, se o entendimento fosse outro, do que realmente a fábrica se propoe a realizar em Belem, pois de qualquer modo, é a única forma de fato,que dá oportunidade de trabalho a quem busca outra chance.Olhar de fora,de nariz empinado, com ares superiores, como é o caso da postura de algumas pessoas da SUSIPE que ao frequentarem a fabrica muito de vez em quando só para utilizar o auditorio ou ação de assinatura, nao se dispoem a serem pelo menos simpaticos e darem bom dia aos colabores, seja egresso ou nao.Transitam dentro da fábrica como se estivessme nos corredores das penitenciarias.Nao entendem o projeto, nao somam com a fábrica para apoiar.A prova maior é essa, deixar homens e mulheres que pouco teem, sem nada em casa para alimentar seus filhos.Muitos sao mais dignos do alguns gestores, que nao cruzaram os braços e se recusaram a parar a produção, mesmo sem um tostão no bolso.Esperamos que tudo mude daqui pra frente.Aquele lugar nao é a extensão do presidio, é a reconstrução de vidas.

Anônimo disse...

Os deslumbrados não estão nem ai para o projeto

Anônimo disse...

Ô das 7 e das 21 que ridículo, parem de fofocar no blog, a lenga lenga dá vontade de vomitar.