sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FICHA LIMPA – Entenda o porquê do imbróglio

Jader Barbalho renunciou ao mandato de senador em 2001, depois de ser compelido a renunciar à presidência do Senado, que conquistara naquele ano, ao impor uma derrota acachapante ao ex-senador ACM, Antônio Carlos Magalhães, já falecido e até então uma das mais temíveis lideranças do Congresso Nacional. A pretexto de acusações de corrupção que remontavam ao seu primeiro mandato como governador do Pará, de março de 1983 a março de 1987, Jader ficou sob a ameaça de ter seu mandato de senador cassado por quebra de decoro parlamentar. Depois disso, elegeu-se deputado federal em 2002 e 2006, acumulando força e prestígio, por conta da sua inserção entre os demais parlamentares, embora operando nos subterrâneos do Congresso Nacional.
Um político hábil e discreto, Paulo Rocha (foto) renunciou ao mandato de deputado federal em 2005, após ser flagrado como um dos beneficiários do mensalão, o propinoduto que irrigava, com dinheiro público, os bolsos dos parlamentares que votavam conforme as conveniências do governo do presidente Lula. Na época líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, ele integrava a entourage servil ao então todo-poderoso Zé Dirceu, deputado federal pelo PT de São Paulo, então ministro-chefe da Casa Civil. Acusado de gerenciar o mensalão, Zé Dirceu foi defenestrado da Casa Civil. Ao retornar à Câmara dos Deputados, acabou cassado por quebra de decoro parlamentar, juntamente com o deputado federal Roberto Jeferson, do PTB do Rio de Janeiro, a quem coube revelar ao Brasil a tramóia do mensalão, do qual foi beneficiário assumido.

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