quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

PLEBISCITO – Balelas do separatismo

Não há o que discutir sobre o abandono do Pará como um todo, e do seu interior em particular, pelas elites políticas do Estado. Mas o antídoto para as mazelas com as quais nos defrontamos na capital e no interior – com diferença de grau, mas não de nível – certamente não reside na divisão do Estado. A alternativa, diante dos índices sociais africanos que o Pará hoje exibe, depende visceralmente do aprendizado democrático, capaz de tornar o eleitorado mais seletivo e, por via de conseqüência, capaz de compelir a mudanças qualitativas nossas lideranças políticas, notoriamente predatórias e para as quais o eleitorado perdura sendo massa de manobra.
E tanto é assim que mesmo as lideranças separatistas sempre estiveram nas abas do poder, usufruindo com avidez as benesses reservadas aos poderosos de plantão, sem privilegiar, para além dos palanques eleitorais, as prioridades dos deserdados abrigados em regiões geograficamente localizadas a uma distância abissal de Belém e seu entorno. De Giovanni Queiroz a Lira Maia, passando por um João Salame, são todos profissionais do embuste, tanto quanto Jader Barbalho, Simão Jatene e Almir Gabriel, além de outros menos votados, como um Zenaldo Coutinho da vida. Todos, sem exceção, vivem e sobrevivem, politicamente, da inércia das massas de deserdados, de parca ou nenhuma consciência política. Por isso apostam no assistencialismo, visceralmente deletério, porque fixa suas vítimas na pobreza, frequentemente resvalando para a miséria pura e simples, ao invés de delas libertá-las.
O Pará dispensa divisão, porque exige, prioritariamente, um mínimo de justiça social. Esta é a condição sine qua non para avançar, pavimentando o caminho que poderá fazê-lo ter elites abertas e massas minimamente conscientes.

2 comentários :

Anônimo disse...

Já prestaram atenção que esses políticos que querem a divisão possuem mandato parlamentar há bastante tempo? Ou são muito incompetentes, ou já planejavam isso há muito tempo, e ainda fazem questão de mostrar a miséria que acontece por lá.

Anônimo disse...

o que me assusta é esses irresponsaveisa acirrando o ódio entre as pessoas.E comparar a fundação de Brasilia com o plebiscito, é achar que o povo todo é idiota! caramba, pelo menos estudassem um pouco! Brasilia foi construida no meio do absolutamente nada e vejam hoje no que deu! um antro de corrupção!