quarta-feira, 30 de maio de 2012

APEP – O desaparecimento do muiraquitã

        Mas, voltando a Paulo Chaves, o PC, convém recordar que ele foi protagonista de um escândalo que somente a deletéria tradição de impunidade lhe permite, até hoje, circular livre, leve e solto, a despeito da extensão da pilhagem da qual é também responsável, como secretário de Cultura. Trata-se do desaparecimento - durante a gestão anterior de PC na Secult - de um muiraquitã (semelhante ao que ilustra a postagem) branco de jadeíta, de 50 milímetros, 42 gramas e com idade aproximada de 2,5 mil anos, de origem tapajônica, pertencente ao acervo do Museu das Gemas do Estado. De valor histórico inestimável, na ocasião, no câmbio negro, o muiraquitã valeria cerca de US$ 30 mil. O desaparecimento do muiraquitã ocorreu por ocasião da sua eventual remoção para ser fotografado em Icoaraci, ao que consta sem obedecer os ritos exigidos pela lei, em tais casos.
        O responsável imediato pela lambança foi Alan Watrin Coelho, então um jovem professor de história da rede pública de ensino, que na empáfia própria da juventude costumava se apresentar como historiador. Alan Watrin Coelho é filho de Geraldo Coelho, este sim historiador, e sobrinho de Tereza Cativo, uma das cabeças coroadas da tucanalha, ao lado de Sérgio Leão. Por conta de uma operação abafa, o muiraquitã sumiu sem deixar vestígios e tanto Alan Watrin Coelho quanto PC seguiram impunes.
        A desfaçatez de PC é tão acintosa, que ao deixar a Secult pretendeu questionar judicialmente a remoção de uma colagem, com a sua fotografia, pendurada em uma das paredes da Estação da Doca. Sobre o sumiço do muiraquitã, PC não proferiu nenhuma mísera palavra. O que é ilustrativo da certeza da impunidade que turbina as lambanças dos meliantes engravatados.

Um comentário :

Anônimo disse...

Barata, eu insisto, desapareceu também o busto de carlos gomesque ficava no teatro da paz.em 1997 ele ele tava lá.sumiu por volta de 2003-2006