quarta-feira, 30 de maio de 2012

NOVELINO – Adiel e a caixa-preta das falcatruas

        Pelo pouco que vazou do seu depoimento à Sefa, conclui-se que Adiel Fernandes Luna escancarou os porões da corrupção política e empresarial, tal qual já fizera no Ministério Público Estadual, onde foi ouvido, em sucessivos depoimentos, pelo promotor de Justiça Arnaldo Azevedo. No Ministério Público Estadual ele abriu a caixa-preta das falcatruas, revelando de sonegação fiscal a falsidade ideológica, por ele próprio protagonizadas, embora tenham sido desconhecidas pela Justiça do Trabalho, que deu ganho de causa aos Novelino, no contencioso travado com Adiel Fernandes Luna, que reivindicava direitos trabalhistas, pelos anos que serviu à família do ex-deputado Alessandro Novelino.
        Ao Ministério Público Adiel Fernandes Luna relatou, dentre outras coisas, que foi servidor fantasma na Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, lotado no gabinete de Alessandro Novelino. E também na Prefeitura de Ananindeua, nesta por conta de um suposto acordo político do falecido deputado com os Barbalho. Neste caso com o senador Jader Barbalho e Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua e pretenso herdeiro político do pai. Em ambos os casos, segundo ele afirma, Adiel Fernandes Luna não teria embolsado um só tostão, presumindo que o dinheiro relativo a sua remuneração fosse destinado a José Augusto dos Santos, o assessor de Alessandro Novelino morto no acidente aéreo que também matou o deputado.
        A motivação de Adiel Fernandes de Luna, ao escancarar os subterrâneos das falcatruas das quais acusa os Novelino, seriam direitos trabalhistas solenemente desconhecidos pelos ex-patrões. Ele declara ter recorrido em vão à Justiça do Trabalho, que “estranhamente”, na sua própria definição, não lhe deu ganho de causa. Quem já teve acesso ao processo corrobora Adiel e qualifica como “inusitada” a decisão do TRT, o Tribunal Regional do Trabalho.

Um comentário :

Anônimo disse...

Está se tornando corriqueiro no TRT-PA sentenças desencontradas e contraditórias. Um exemplo que vivenciei, a juíza deu ganho de causa à servidora para a reintegração ao emprego e quando o empregador recorreu, a mesma juíza mudou sua sentença, desfavorecendo a servidora e dando provimento ao empregador. Soube, por fonte fidedigna, que o patrão esteve no gabinete da juíza antes dela alterar seu despacho. A servidora recorreu da decisão é o caso está no Supremo.