domingo, 27 de janeiro de 2013

ORM AIR – MPE e TV Record quebram o silêncio

        Uma vitória das instituições democráticas, para cuja consolidação é condição sine qua non a transparência.
        Assim podem ser definidas as iniciativas da TV Record de Belém, que produziu uma extensa reportagem sobre o tema, e do próprio MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, que enfim abriu espaço em seu site, nesta última sexta-feira, 25, para noticiar o cumprimento do mandado de busca e apreensão dos planos de voos do jatinho da empresa ORM Air Táxi Aéreo realizados de maio de 2012 até 15 de janeiro de 2013, data da operação. Esta tornou possível obter os documentos em poder da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, que ignorava solenemente a solicitação do MPE para fornecê-los, diante dos indícios de falcatrua no contrato celebrado entre o governo estadual e a ORM Air Táxi Aéreo. A ORM Air compõe o conglomerado de empresas da família Maiorana, proprietária de um dos maiores grupos de comunicação do Brasil, e sobre o cumprimento do mandado de busca e apreensão perdurava o silêncio da grande imprensa do Pará, omissão que em um primeiro momento se estendeu ao site do próprio MPE. Um mutismo que surpreendentemente alcançou até o grupo de comunicação da família do senador e ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado e inimigo figadal dos Maiorana, sugerindo um grande conchavo.
        A articulação da Lei da Mordaça, que manteve silente a maioria da grande imprensa do Pará, foi atribuída ao governador tucano Simão Jatene, principal suspeito de patrocinar eventuais falcatruas no contrato entre o governo estadual e a ORM Air. Ao denunciar o pacto do silêncio, com ênfase para o mutismo do grupo de comunicação dos Barbalho e do próprio MPE, o Blog do Barata noticiou, na ocasião, que fonte idônea, sob a garantia do anonimato, revelou que alguns dos documentos coletados, no cumprimento do mandado de busca e apreensão, evidenciam indícios de malfeitos na esteira do contrato. Chama atenção, por exemplo, segundo essa fonte, que a documentação inicialmente examinada especifique a origem – sempre Belém, naturalmente - e omita o destino dos voos. “Do que foi visto, inicialmente, apenas em um único voo, para Moju, é especificado o destino”, revelou a fonte. A notícia acrescentou que essa mesma fonte cita como “inusitado” que por dois meses consecutivos, mais especificamente agosto e setembro de 2012, com base no valor da hora-vôo, o custo mensal tenha sido o mesmo, algo mais de R$ 170 mil. Em outubro de 2012, observa a fonte, o custo mensal ficou em pouco mais de R$ 200 mil, para em novembro e dezembro alcançar exatos R$ 148.089,00,00, “outra inusitada coincidência”.

5 comentários :

Anônimo disse...

Esse Jatinho nao tem como voar para moju : nao tem nem aeroporto.quanto a coincidência de valores , se nos dois meses os destinos foram os mesmos nao tem porque os valores serem diferentes: ou era superfaturar????

Anônimo disse...

Não é à toa que lemos os 2 jornais e parece que vivemos em um mundo paralelo neste estado, o qual raramente se infiltra nas páginas do Liberal e Diário.A população ignorante dá de mão beijada o poder a essas familias que se apoderam dos cargos e nem tem constrangimento com a exposição de bens derivados dos desvios. Se havia no governo Ana Julia, Jatene e os seus familiares mostram como fazer do que é publico a solução de seus problemas com mais ganância.

Anônimo disse...

Já alguns pitt bulls e macaquinhos de auditório, nos telejornais de belém, só sabem escrotear com os boqueiros e ladrões de galinha. Silenciam quando o assunto é o roubo do dinheiro público

Anônimo disse...

Existe alguma questão judicial entre o Diário do Pará e a ORM air?

Anônimo disse...

Qual é o Problema entre os Jornalistas, que se dizem Independente, mas morrem de medo de Divulgar Denuncias quando envolvem Políticos que são apadrinhados de Políticos conhecidos de seus "Chefes", que digam os de O Liberal e O Diário, mas no meio dos Blogueiros também tem alguns que usam o mesmo artifício dos Jornalistas medrosos.

A quem recorrer a Associação dos Jornalistas? ou a Imprensa de Fato?