segunda-feira, 29 de abril de 2013

FEIRA – Os cumprimentos de Elias Pinto e Sidou

        A propósito das reminiscências sobre as origens das feiras do livro em Belém, os jornalista Elias Pinto e Francisco Sidou enviaram e-mails cumprimentando o Blog do Barata pelo resgate histórico.
        A respeito, e especialmente pela menção a Antônio Jinkings e Neyro Rodarte, assim se manifestou Elias Pinto, que mantém uma página dominical de crítica literária no Diário do Pará:

        Prezado Barata:

        Não posso deixar de lhe cumprimentar pela lembrança desses dois personagens tão importantes para uma história cultural de Belém, em particular, das livrarias. Tive a felicidade de privar da amizade dos dois e até de ser auxiliar do Neyro.
        Cordialmente,

        Elias Ribeiro Pinto

        De Francisco Sidou recebi o seguinte comentário, com ênfase para o papel do advogado e jornalista João Marques e do bancário e livreiro Antônio Jinking na resistência democrática, diante da ditadura militar:

        Bela homenagem, caro Barata, resgatando para as novas gerações o exemplo de vida íntegra e a coragem moral de dois grandes paraenses, com os quais tive o privilégio de conviver. O João Marques, como diretor do Sinjor/PA , na época em que foi seu presidente, por sinal o mais destemido de todos quantos o antecederam ou sucederam. O Jinkings já conhecia de sua livraria ‘doméstica’ nos tempos em que lutava pela sobrevivência, após ter sido demitido injustamente do Banco da Amazônia. Então funcionário do Basa e estudante na UFPA, fazia parte da corrente de solidariedade a Jinkings.Comprar livros em sua livraria era a forma que encontramos de prestigiar sua luta contra os atos arbitrários dos que queriam deixá-lo à míngua, apenas porque assumia, com destemor, posições contrárias ao regime de arbítrio que então se instalara, desgraçadamente, em nosso País. O destemido João Marques jamais deixou de dar assistência jurídica gratuita a colegas jornalistas vítimas de perseguições políticas ou de falta de respeito ao exercício da profissão de jornalista. Ambos fazem muita falta, Barata, nesses tempos muito estranhos em que vivemos, onde a liberdade de expressão costuma ser castrada com vantagens adicionais nas folhas de pagamentos em estatais ou entidades sindicais chapas brancas.”

Um comentário :

Anônimo disse...

Barata,
O que seria a vida se não pudessemos contar com a generosidade dos amigos. Agradeço a gentileza que você tem com esse ex-livreiro que amou a sua profissão e pode coviver com o melhor da intelectualidade paraense.
Quero dizer ao Elias (que sempre teve intimidade com os livros), que ele me auxiliou sim, com o seu conhecimento nas viagens pela literatura. Jamais esquecerei das nossas longas e interessantes conversas.
Neyro Rodarte