segunda-feira, 30 de setembro de 2013

IGREJA DE SÃO JOÃO – Beleza histórica

Igreja de São João: restauro e preservação.

        Erguida originalmente em taipa e palha, quando foi inaugurada em 1622, a atual igreja de São João Batista, construída no estilo tardo-barroco-italiano e cuja inauguração data de 1977, será reaberta nesta próxima quinta-feira, 3 de outubro, após obras de restauro e conservação, iniciadas em fevereiro deste ano e cujo custo ficou em R$ 869.201,66. A reabertura da igreja – que faz parte do acervo de obras monumentais que o arquiteto José Antônio Landi legou a Belém – ocorrerá em ato previsto para as 19 horas de quinta-feira e será prestigiada por Jurema Machado, presidente do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, responsável pelas obras, e de dom Alberto Taveira, arcebispo metropolitano. Localizado no bairro da Cidade Velha, o templo foi tombado pelo Iphan, isoladamente, em 1941. Setenta e um ano depois, em 2012 a igreja foi tombada como parte do conjunto dos bairros Cidade Velha e Campina, reconhecidos como patrimônio por seu valor arquitetônico, urbanístico e paisagístico.
        As obras realizadas pelo Iphan e executadas pela construtora Link incluíram a restauração da cobertura com introdução de sub cobertura, acessibilidade com adequação de banheiro, conservação de bancos, pintura geral e restauração das pinturas parietais que constituem os retábulos mor e da nave. Pinturas parietais são aquelas executadas sobre a parece; retábulos são as construções de madeira ou pedra, em forma de painel e com lavores, na parte posterior dos altares e que são geralmente decoradas com temas da história sagrada ou retratos de santos.

        De acordo com informações do próprio Iphan, repassadas pela Gaby Comunicação, prospecções pictóricas realizadas pelo instituto na parede posterior da capela-mor, em 1988, confirmaram a existência das pinturas parietais em perspectiva, mas apenas em 1996, com a abertura de novas prospecções, foi possível constatar, sob seis camadas de pintura, o grau de integridade do painel. “O nosso maior objetivo com essa obra é a conservação das descobertas feitas neste período”, explica o arquiteto responsável pela obra, Giovanni Blanco Sarquis, que contou, ainda, com os trabalhos do restaurador João Velozo e das arquitetas Adma Santana e Dorotéa Lima, todos do Iphan.

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