terça-feira, 24 de setembro de 2013

PROFESSORES – Sintepp questiona juíza





        O Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, não só mantém a greve dos professores da rede estadual de ensino, como deverá questionar judicialmente a decisão da juíza Rosana Lúcia de Canelas Bastos, que acatou a ação do governo Simão Jatene (PSDB), determinando antecipadamente a suspensão da paralisação. Segundo antecipou o advogado do Sintepp, Walmir Brelaz, o sindicato deverá ingressar com um agravo no TJ Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, além de uma reclamação direta ao STF, Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que a magistrada não tem competência para definir sobre a greve de servidores públicos.

        Brelaz também revelou que o Sintepp também irá avaliar a possibilidade de representar contra a juíza no CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, na Corregedoria do Estado e na própria OIT, a Organização Internacional do Trabalho. "A decisão da magistrada se baseia em que a educação é um direito essencial. É essencial não para efeito de greve. Ela cometeu uma infração gravíssima ao infringir o direito garantido na Constituição aos trabalhadores, que é o direito à greve", sublinha o advogado. Brelaz, de resto, sublinhou que é exorbitante o valor da multa, em caso de descumprimento da decisão judicial, estipulada em R$ 100 mil. "Nunca na história desse Estado foi arbitrada uma multa nesse valor, considerada altíssima para um sindicato, que não se constitui como uma entidade de natureza econômica", acrescentou.

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