quarta-feira, 20 de novembro de 2013

DIÁRIO – O testemunho de Amanda Aguiar

Amanda Aguiar: testemunho da iniquidade.

        Segue abaixo o testemunho oferecido pela jornalista Amanda Aguiar, na sua página no Facebook, sobre a torpe retaliação dos Barbalhos, ao demiti-la e a outros colegas de redação, como vingança por participarem da greve dos jornalistas do jornal Diário do Pará e do DOL, o Diário Online, do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado. Do relato feito por Amanda emerge, cristalina, a intenção dos Barbalho em pretender desqualificar os jornalistas demitidos, impondo-lhes um tratamento humilhante. Ironicamente, ao fim e ao cabo, o torpe tratamento, dispensado pelos Barbalho aos jornalistas demitidos, mais desqualifica aos que se valem da ignomínia do que aos alvos desta.
         Vamos ao depoimento de Amanda Aguiar:

        "Enquanto me abraça forte, ‘seu’ Martins fecha os olhos marejados. Pede desculpas. Estamos na portaria da empresa onde trabalhei por seis anos. Parados no hall. E não posso entrar. Dona Ana, funcionária do RH, acaba de me dizer que eu não vou subir as escadas. Devo assinar a papelada que ela organizou e ir embora, já que a empresa não precisa mais de mim. Faço isso. De pé, na recepção. ‘Seu’ Martins’, o porteiro, me abraça, aperta os olhos, pede desculpas. Como se fosse dele a decisão de bloquear minha entrada nesse 18 de novembro. Choro porque vou sentir saudades dele e das nossas briguinhas diárias relacionadas ao desempenho de Remo e Paysandu. E também porque vou embora sem o direito de abraçar os demais amigos que fiz ao longo desses seis anos.

        “Este é mais um dia pra guardar na memória.

        “Ousar questionar a lógica que rege o grupo de comunicação de uma das famílias mais ricas e poderosas do Brasil não é batalha simples, todos sabíamos. Apenas começamos. E se incomodou tanto ver exposto o lixo escondido há tanto tempo sob o tapete, vai voltar a incomodar. Porque nos recusamos a adotar o discurso de que as demissões de grevistas já eram esperadas. Esses quatro desligamentos – meu e dos colegas Adison Ferrera, Felipe Melo e Cris Paiva -, realizados imediatamente após o fim da estabilidade que conseguimos durante a mobilização vitoriosa de setembro, são um tapa na cara de todo jornalista brasileiro. E quer deixar uma lição suja àqueles que sonham com qualquer mudança. Não vamos naturalizar esse absurdo. Não vamos. A notícia da retaliação já estampa o Portal Imprensa. Sabemos que mais cabeças vão rolar e calar não está nos planos.

        “Obrigada e obrigada por todas as mensagens lindas que recebi. São um alento. Deixo o Diário do Pará certa de que absorvi lições valiosas sobre jornalismo diário, sobre a importância do trabalho em equipe, sobre a grandeza das relações humanas. Tive a sorte de dividir uma redação com tanta gente competente, generosa, sábios sem orgulho vão. Gente que tanto ensinou sem nem perceber, que ensinou por ser exemplo. E também os colegas que, com brincadeiras e gargalhadas diárias não nos deixaram esquecer, em meio ao caos típico de uma redação, o quanto é extraordinário poder fazer o que se gosta. Vou levar pra sempre comigo.


        “Hoje, isso é tudo o que importa."

9 comentários :

Anônimo disse...

Boa sorte, jornalista. Lembre-se, sempre, que o PIG é, e sempre será, este lixo.

Anônimo disse...

Só blá, blá, blá...No dia em que ela tiver a própria empresa, ela permanece com os insurgentes pra ver o que vai acontecer!

Jesiel Nascimento disse...

Barbalhos Covardes...isso resume tudo. Um dia pagarão tudo que dilapidaram do povo paraense.

Anônimo disse...

É por isso que se torna temerário aqui em nosso Estado fazer vestibular para comunicação/jornalismo, fazer uma faculdade paga, estudar, estudar, para ganhar uma merreca de R$ 1.300,00 mensais e, quando se busca um reajustezinho, a pessoa pega um pé na popa e fica desempregado porque aqui não tem campo.
Por isso gente, o negócio é fazer Direito que as opções são as seguintes: Juiz (estadual e federal), Procurador (do estado, municipal e autárquico), Defensor Público (do Estado e da União), Consultor Jurídico, Procurador Legislativo, Procurador da República, Juiz do Trabalho, Analista Judiciário, Delegado de Polícia (Estadual e Federal), Promotor de Justiça, Professor Universitário, Advogado, assessor de Desembargador e Procurador de Justiça (salário de R$ 16.000,00, olha só o namorado da filha do procurador geral de Justiça). Desses cargos, o menor salário não fica abaixo de R$ 7.000,00 (SETE MIL REAIS).
Afora esse leque de opções, pode o bacharel em Direito fazer concurso para outras áreas como Auditor do TC, Fiscal e Auditor da SEFA, Auditor do Tesouro Nacional e uma porrada de cargos em concurso.
Barata, os legisladores que são jornalistas precisam buscar um meio de valorizar a classe dos comunicadores, afinal são eles que trazem as informações ao povo.
Tenho dito.

Anônimo disse...

Jornalista só não incomoda os safados de plantão quando é para divulgar notinhas de aniversários, festinhas dos filhotes e coisinhas bobas.
Quanto ao anônimo aí de cima o "insurgente" hahahaha saiba que lutar por melhorias faz parte do jogo democrático. Humilhar quem quer que seja, ainda que insurgente, hahaha é crime. Ainda mais os Barbalhos. Quem eles pensam que são? Nem preciso responder, certo?

Edu disse...

Uma bela mulher de pura nobreza.

Anônimo disse...

BARATA,

TU NÃO DIVULGASTE A FAIXA QUE OS SERVIDORES PLANTARAM LÁ NO HANGAR PEDINDO AOS MINISTRO DO STJ QUE JULGEM O simão Jatene, CHAMANDO-O DE LADRÃO SOBRE O CASO cerpasa?

Anônimo disse...

É MELHOR VIRAR SOLDADO DA POLICIA QUE GANHA 2.000 REIAIS.

Anônimo disse...

Snif, snif, snif...Só blá, blá, blá...