quinta-feira, 20 de março de 2014

CRESS – Eleição em clima de baixaria



        Seja qual for o resultado da eleição para o Cress/PA 1ª Região, o Conselho Regional de Serviço Social, o grande derrotado no pleito certamente será o decoro que se deve esperar dos representantes de uma categoria profissional da relevância dos assistentes sociais. Isso é o que fatalmente se conclui diante das denúncias e suspeitas que permeiam a disputa entre a chapa 1, Por Uma Gestão Democrática e Transparente, de oposição, e a chapa 2, Consolidando a Mudança e Garantindo Direitos, da situação. O que nivela por baixo a eleição é vê-la ensejar, na disputa pelo comando de uma respeitável categoria profissional, os mais execráveis vícios das disputas político-partidárias, em um vale-tudo eleitoral do qual a primeira vítima é a credibilidade do Cress/PA.

        Do que é possível depreender, da disputa travada no Cress/PA, conclui-se que situação e oposição parecem submergir no erro crasso de imaginar que os fins justificam os meios, esquecendo-se, convenientemente, que os meios fatalmente definem os fins. Assim, é sepultado um mínimo de rigor ético na disputa, que mobiliza um contingente estimado em 1.500 profissionais habilitados ao voto, na eleição que elegerá a direção do Cress/PA, para o triênio que vai de 2014 a 2017, e deverá se estender desta quinta-feira, 20, a sexta-feira, 21. Como o debate eleitoral não inclui apenas a discussão de propostas, mas também as denúncias de eventuais contradições que desmintam o discurso de campanha, a chapa 2, da situação, acaba por coonestar a baixaria ao não assumir publicamente as críticas e denúncias feitas a oposição, disparadas apenas em off. Já a oposição, como evidencia o próprio período pré-eleitoral, parece refém do sectarismo, irmão siamês da intolerância, que conspira contra o debate democrático e, na esteira da miopia política, nivela adversários circunstanciais a inimigos irreconciliáveis.

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