segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ELEIÇÕES – A pergunta que não quer calar

        “Qual a razão de divergências tão abissais entre pesquisas, se elas têm um mesmo alvo e utilizam metodologias semelhantes, embora diferindo quanto ao número de entrevistados e municípios pesquisados?” Esta é a pergunta que não quer calar, formulada por um respeitado profissional do mercado, abrigado no off, para evitar constrangimentos. “Nessa guerra de números, quem perde é o eleitor que não sabe em quem acreditar”, observa. “No final, é possível que aqueles com maior cara-de-pau ainda venham dizer que se aproximaram dos resultados oficiais e que seus levantamentos estavam corretos. Tem aqueles que procuraram ter referência imediata as pesquisas publicadas pelo Ibope, chegando a se gabar que se aproximaram dos resultados deste”, acrescenta.

        Esse mesmo profissional, indagado a respeito, concorda que nenhum dos institutos acima citados – IVeiga, Doxa Comunicação Integrada, e BMP, a Bureau de Marketing e Pesquisa – tem capital suficiente para bancar, com recursos próprios, tantas pesquisas sobre intenção de voto de abrangência estadual. “Esse tipo de coisa põe em xeque não só as pesquisas, como os profissionais encarregados de executá-las”, admite o profissional ouvido pelo Blog do Barata. “É dinheiro demais para empresas regionais”, acentua, lembrando que, somados, os custos das pesquisas feitas por IVeiga, Doxa e BMP, supostamente com recursos próprios, chegam a quase R$ 1 milhão. Isso excluído o Alvo, outro instituto de pesquisas do Pará, cujas sondagens, também supostamente realizadas com recursos próprios, foram impugnadas pela Justiça Eleitoral.

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