quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

MPE – Procurador-geral é processado por improibidade

Marcos Neves: réu em ação por improbidade, ajuizada pelo próprio MPE.

        O procurador-geral de Justiça do Pará, Marcos Antônio Ferreira das Neves, com grandes chances de ser reconduzido ao cargo pelo governador tucano Simão Jatene, passa pelo vexame de ser réu em uma ação por improbidade administrativa, movida pelo próprio MPE, o Ministério Público do Estado do Pará. A ação foi ajuizada pela 10ª procuradora de Justiça Criminal, Ana Tereza do Socorro da Silva Abucater, e nela Neves é acusado de se valer dos poderes do cargo para beneficiar com a “ilegal e imoral” nomeação, como assessor do procurador-geral de Justiça, André Ricardo Otoni Vieira, que também surge como seu advogado, em ação de despejo, e que vem a ser seu sócio na empresa Rota 391 Comércio Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda. Por ser sócio-administrador em duas empresas das quais é sócio Neves - Rota 391 Comércio Varejista de Combustíveis Automotores e Serviços Ltda. e Couto da Rocha Construções e Serviços de Engenharia Ltda.-, André Ricardo Otoni Vieira não poderia ocupar cargo comissionado no MPE. Assim como, por ser assessor do procurador-geral de Justiça, também não poderia advogar, tal qual fez para Neves.

        A 10ª procuradora de Justiça Criminal, Ana Tereza do Socorro da Silva Abucater, pede a condenação do Marcos das Neves, para que ele seja condenado ao ressarcimento integral do dano no valor de R$ 342.000,00; que seja condenado também à perda função publica; suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos; pagamento de multa civil, que poderá chegar até 100 vezes o valor da remuneração percebida pelo agente público; proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos.

13 comentários :

Anônimo disse...

É chocante ler o que esse senhor fez.
Como pode esses atos terem sido praticados pela mais alta autoridade do MP que tem a missão constitucional de zelar pelo respeito aos princípios da Administração Pública e que tem membros dignos e honrados como o Dr. Medrado, o Dr. Arnaldo, o Dr. Savio, o Dr. Firmino, a Dra. Elaine, a Dra. Helena, o Dr. Alexandre e a Dra. Abucater, que lutam ardorosamente combatendo corrupção e improbidade dos gestores? Como podem esses valorosos membros do Parquet continuarem combatendo improbidade dos gestores públicos se são chefiados por um gestor que está sendo processado por improbidade por ter intencionalmente, dolosamente, violado princípios da Administração Pública, causando lesão ao Erário? Essa situação é desconfortável, para dizer o mínimo, para todos os membros do MPPA que sempre pautaram seus atos pela Ética, pela Probidade.

Anônimo disse...

Parabéns jornalista Barata. O senhor já tinha denunciado tudo o que a Dra. Abucater menciona na ação. O senhor é jornalista investigativo, e dos bons.

Anônimo disse...

Será que o governador vai ter coragem de nomear esse ímprobo? Não acredito porque o governador não vai querer avalizar essa imoralidade.
Foi com pesar que li no seu blog, que o Sr. Marcos das Neves, apesar desse blog ter escancarado todas essas denuncias graves de improbidade, ainda foi o mais votado pelos membros do MP. O pesar se deve ao fato de que sabemos que existem muitos membros honrados no MP que, acreditava-se, não votariam nele porque não gostariam de ser comandados por alguém que não soube honrar os votos que recebeu quando faleceu a PGJ eleita. O pesar é porque todos no MP sabem que as denúncias feitas neste blog, apesar de graves, principalmente porque envolvem a autoridade máxima do órgão ministerial, são verdadeiras e mesmo assim, a maioria votou nele, em flagrante demonstração de que querem entregar os destinos do MP à quem já demonstrou que não sabe honrar a confiança que foi depositada nele, porque, como diz a Dra. Abucater, prefere a promiscuidade entre o público e o privado.

Anônimo disse...

18 de dezembro de 2014 21:53 so o Jornalista Investigativo teve a coragem de denunciar, até o Diário se calou. Incrível

Anônimo disse...

18 de dezembro de 2014 21:32, Dr. Nelson e Arnaldo fazem parte da atual administração Superior do MPE, diferente dos demais.

Anônimo disse...

Vergonha para os 189 promotores que votarem nesse PGJ que deveria se tratar por que um cara desse só pode ser doente e os promotores que votaram nesse doente são todos cúmplices do que hoje acontece no MP.

Anônimo disse...

dr. fabia esta ai seu ídolo o improbo das neves

Anônimo disse...

A justiça tarde mas não falha. A turminha dele agora vai amargar o peso da vergonha e da imoralidade. Um bando de hipócritas.

Anônimo disse...

A justiça tarde mas não falha. A turminha dele agora vai amargar o peso da vergonha e da imoralidade. Um bando de hipócritas.

Anônimo disse...

Tem muitos membros que estão na mesma linha desse procurador. Mas uma hora a casa cai.

Anônimo disse...

Como foram votos comprados e não conquistados, na festa da AMPEP o mais votado sequer fez um discurso agradecendo seus 189 votos... Mas ele não errou, porque não se agradece o que se compra... E os votos foram votos caros!!

Anônimo disse...

Com certeza cai. O que acontece no MP e vergonhoso, um órgão que tem a funcao de zelar pela sociedade, não faz nada, é o tempo todo envolvido em escândalos. Os Promotores de Justiça, claro que com suas devidas exceções, criticam tanto a população brasileira em época de eleição por se trocarem por bolsas fornecida pelo governo. O que dizer sobre esses Promotores que venderam seus votos, ao PGJ eleito, por inúmeras vantagens: auxilio moradia, assessor para 2 entrância, conversões de licença em espécie, um cargo aqui outro ali, enfim, não da para listar tantos benefícios, só pensam neles, querem mais e mais $. Só tem uma diferença: a população beneficiada pelas bolsas é, via de regra, carente de recursos financeiros, não tem instrução. e muito menos noção das consequências de escolher errado um Presidente, governador ou Prefeito, diferentes dos Promotores que, em tese, são pessos cultas, bem instruidos não padecem de recursos financeiros, no entanto reconduziram um pessoa que TODOS sabem: não tem condições nenhuma de estar à frente de tao importante órgão.

Anônimo disse...

Se desse, deviam colocar assessores até na primeira entrância.