Para exercitar a transparência que exige de
seus jurisdicionados, pelo menos pro forma, o MPCM, o Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado
do Pará, precisa esclarecer, detalhadamente, os motivos e os custos da decisão
de contratar um escritório de advocacia de Brasília, para “emissão de parecer”.
Até prova em contrário, a iniciativa soa a uma dessas lambanças das quais são
pródigos os gestores da administração pública, que habitualmente não conhecem
limites na pilhagem ao erário.
A
contratação soa tanto mais questionável diante da suspeita de que se trate,
pura e simplesmente, da compra de um parecer, a peso de ouro, para justificar o
concurso público para cargos de nível superior, cuja credibilidade foi tisnada
pelas recorrentes denúncias de fraude. O concurso foi posto sob suspeita diante
da alteração da nota, de 7,5 para 8, de um dos candidatos aprovados, Aline
Maria Araújo Massoud Salame, quem vem a ser parente da
procuradora-chefe, Elisabeth Massoud Salame da Silva. Também conspira contra a
credibilidade do concurso a aprovação, em primeiro lugar, de Ricardo Augusto
Dias, identificado como chefe de gabinete da procuradora-chefe, Elisabeth Massoud Salame da Silva, que teve
ativa participação na organização do concurso, segundo as denúncias. “Cabe
ressaltar ainda que o senhor Ricardo obteve notas bem superiores aos demais
candidatos, sendo que essa foi a sua primeira aprovação em concurso público,
tendo ele mais de 50 anos de idade”, enfatiza uma das denúncias.
Um comentário :
O pior disto tudo são as notícias de que já começaram as admissões dos "aprovados".Isto sendo verdade está completa a maior imoralidade em "concursos públicos", sem nenhuma manifestação do Ministério Público do Estado.
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