domingo, 21 de junho de 2015

REMO – Custódio, opção carente de credibilidade

Custódio: carente de credibilidade, após o desmentido dos jogadores.

Mas no imbróglio sobre o destino de Pedro Minowa, há um nó por desatar. Pelo estatuto remista, na possibilidade de destituição do presidente, o sucessor natural é o vice-presidente, Henrique Custódio, que se licenciou do cargo por seis meses, alegando sentir-se alijado por Minowa. Sua posição, porém, não é exatamente confortável. A comissão designada para apurar as irregularidades denunciadas propõe, em seu relatório, uma vexatória advertência, por escrito, a Custódio e Fábio Bentes, ao lado da desmoralizante suspensão, por 180 dias, de Minowa e Zeca Pirão, este ex-presidente, e de 60 dias a Cláudio Jorge, ex-diretor-geral. Mas, se a eventual sanção sofrida não ultrapassar o limite da advertência por escrito, inexiste qualquer obstáculo legal que impeça Custódio de tornar-se presidente, se Minowa for defenestrado. Como a questão não é só legal, mas também ética, a opção pelo vice-presidente soa fatalmente temerária.

Se for advertido, falece autoridade moral em Custódio para comandar um clube da tradição do Remo, com o agravante da agremiação se encontrar em situação de insolvência financeira, o que exige dirigentes com um mínimo de credibilidade. Mesmo se passar incólume pelo crivo do Condel, conspira ainda contra ele um episódio constrangedor, que esfarinhou irremediavelmente sua credibilidade. Às vésperas da partida decisiva contra o Paysandu, pela Copa Verde, após anunciar à imprensa que os salários dos jogadores azulinos tinham sido pagos, Custódio foi categoricamente desmentido pelos próprios atletas, que para tanto convocaram uma coletiva, com a presença do técnico Cacaio.

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