quinta-feira, 12 de novembro de 2015

CROWNE PLAZA – A denúncia postada

Abaixo, a transcrição da denúncia postada no Facebook pelo universitário Henrique Noronha, relatando a agressão da qual foi vítima, protagonizada por Eduardo Boulhosa:

“Eduardo Boulhosa, dono do Hotel Crowne Plaza Belém (Deixem a sua avaliação de uma estrela e postem/comentem sobre o ocorrido inclusive na página http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g303404-d624539-…) junto de sua equipe me agrediu fisicamente, psicologicamente, verbalmente e moralmente durante o Quinto Colóquio Encontro do Corpo Freudiano que aconteceu nos dias 30, 31 de outubro e 1 de novembro.

Dia 30 de outubro, sexta feira, primeiro dia do evento:

“As palestras e apresentações de trabalhos aconteceram durante toda a manhã, tarde e parte da noite, entre uma etapa e outra haviam pausas para comer algo, beber água, café e etc. Na hora do almoço porém eu resolvi sair do hotel pra ver se tinham outra opções pela localidade e como não localizei nada perto e não queria me arriscar a me perder (Pois apesar de ter nascido em Belém, moro em São Luis do Maranhão há mais de 10 anos), voltei e fui comer no restaurante do Hotel, chegando lá eu me servi e perguntei para a atendente e para um dos garçons quanto custava, onde eu pesava ou como era o esquema de alimentação, o garçom me disse que o buffet era liberado, sentei então e comi, inclusive pedi uma água e um suco e deixei o dinheiro de ambos pois ao meu entender estes não faziam parte do buffet. Quando eu estava subindo para começarem as novas apresentações, o garçom surge e me pede pra descer e assinar algo, imaginei que fosse para o controle da cozinha na relação que estabeleceram com o evento, enfim, quando cheguei lá tinha uma comanda com a valor de 70 reais e alguns centavos para que eu pagasse, no mesmo momento questionei já que haviam me dado a informação de que a alimentação era liberada, a atendente começou a se desesperar com o receio de que a conta fosse descontada do salário dela, então comecei a dialogar com ela para que ficasse calma, antes que qualquer entendimento pudesse ser estabelecido, chega um segurança (?) e começa a me encarar, ameaçar, acusar de roubo e tentar me intimidar, ele disse que chamaria a polícia, eu me sentei dizendo que esperaria e sugeri que verificassem as filmagens para verem que eu realmente parei e perguntei sobre o pagamento, após isso, quando ele voltou a postura era outra, mais calmo e claramente arrependido das diretivas acusações de roubo, tentou até negociar para que eu pagasse uma parte apenas da conta e etc, em meio a isso, em uma mesa no centro estava sentado um grupo de pessoas, entre eles o dono do hotel, Eduardo Boulhosa, que se levantou e veio até minha direção cercado de seguranças e violentamente puxou o celular da minha mão, gritou de forma histérica, me empurrou e soltou frases do tipo “Tinha que ser preto do Nordeste”, “Seu viadinho fica fazendo palhaçada no meu hotel”, “Sai daqui seu viado e tu nunca mais entra aqui”, entre outras coisas. Me mantive frio e não revidei nenhum tipo de provocação ou agressão física, os seguranças me guiaram até a porta e enquanto isso o dono continuava a gritar e me empurrar, ele deu o meu celular para a sua filha que negou quando pedi que me devolvesse. Ao sair, incomunicável, em uma cidade que de certa forma me é estranha, estava clara a perversidade da situação, trataram-me assim pois não tinham a menor ideia de que eu teria amparo e apoio da minha família que mora aqui, imaginaram que sem o celular ou que pelo fato de que teria pouco tempo até voltar para a minha cidade, eu não teria condições para levar adiante a situação e tomar providências.
Do lado de fora, pedi o celular emprestado para um rapaz e liguei para a polícia que chegando lá, se depararam com declarações opostas, de um lado eu que relatei todo o crime que foi cometido contra mim, de outro, o segurança que como bode expiatório assumiu toda a culpa e tentou dar uma versão para toda a situação: O dono do hotel, na fala do segurança, passou a ser um hóspede qualquer (Que a polícia percebeu que era mentira uma vez que do lugar de hóspede, ele não teria poder de mobilizar toda a equipe de seguranças), Eu passei a ser um ladrão que entrou de fininho ara comer de graça e sair (Que o policial percebeu ser mentira pois mostrei que além do dinheiro que estava em minha carteira, comprei passagens caras só para vir, comprei livros produtos vendidos no evento e etc), disse que o meu celular tinha caído no chão e que uma moça apenas guardou para mim (Fato este que caiu em contradição com a recusa de me devolverem). Após isso, os dois policiais (Muitíssimo atenciosos inclusive) me levaram até a delegacia para fazer o B.O, bem como orientou para que o funcionário comparecesse lá e levasse o meu celular. Já eram duas horas depois e ninguém do hotel compareceu na delegacia, após pressão feita pela delegada com a ameaça de convocar a imprensa, eles foram entregar o meu celular mas em uma outra delegacia como forma de manobra do advogado para relatarem apenas a versão falsa deles. Quando cheguei na outra delegacia para pegar o meu celular, esperei por mais ou menos 5 horas para receber pois a outra delegada estava totalmente envenenada pela versão deles e sequer me deu ouvidos, enfim, não vou me ocupar de relatar essa triste segunda situação. Após pegar o meu celular percebi que eles invadiram a minha senha, modificaram e retiraram o meu cartão de memória, só consegui recuperar os meus dados e conteúdos bem como o acesso a ele quando cheguei em casa via e-mail.

Dia 31 de outubro, sábado, segundo dia do evento:

“Cheguei no Hotel com o meu advogado e mesmo com o crachá, FUI BARRADO na porta do evento que eu já tinha pago meses antes, após meu advogado se apresentar, o segurança liberou a nossa entrada até o salão da recepção para aguardar informações sobre liberação ou não da minha entrada. Com a certeza de que iríamos levar o caso a frente, o segurança desce e pede para que eu suba direto para a sala de apresentações de trabalhos, meu advogado fez intervenção e disse que exigia entrar e contato com a equipe da organização do evento cujas responsáveis ficaram completamente chocadas com o meu relato, afirmaram que não tinham conhecimento da complexidade da situação e que apenas souberam que alguém roubou comida e foi expulso. Em conversa com membros da equipe, tivemos a confirmação de que a pessoa que roubou o meu celular foi de fato o dono do hotel e não um hóspede como dito na versão falsa do segurança.

Dia 01 de novembro, domingo, ÚLTIMO DIA do evento:

“O terceiro e último dia seguiu normalmente, encontrei membros do Corpo Freudiano Escola de Psicanálise Seção São Luís onde faço a minha formação e tive além de acolhimento e empatia, ajuda na divulgação do caso para os demais participantes do evento.
O caso não vai ficar esquecido, meus advogados Marcelo Noronha Cassimiro e Thiago G. Viana estão elaborando toda a estratégia de intervenção para garantir os direitos não só meus, mas de todos que passaram por essa situação e não tiveram, infelizmente, o amparo que recebi de amigos, familiares, desconhecidos que vieram me apoiar.

“POR FAVOR, COMPARTILHEM O CASO, ISSO PODERIA ACONTECER COM QUALQUER UM DE VOCÊS, COM SEUS FAMILIARES, AMIGOS, POR VOCÊ SER NEGRO, NORDESTINO GAY, ESTUDANTE OU SIMPLESMENTE POR ESTAR NO LUGAR ERRADO E NA HORA ERRADA, QUE NO CASO DESTE HOTEL, CUJA EQUIPE É FORMADA POR PESSOAS MAL TREINADAS E UM DONO HOMOFÓBICO, RACISTA, XENOFÓBICO E ELITISTA, É SEMPRE O LUGAR ERRADO.

“NÃO VÃO AO HOTEL CROWNER EM BELÉM!”

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