quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

SINTEPP – Prolongamento da greve é criticado



A nota veiculada no site do sindicato ignora solenemente questionamentos feitos ao acordo com o governo Simão Jatene, o principal dos quais ter sido celebrado sem a anuência prévia da categoria e, em uma polêmica passagem, critica a decisão de prolongar a greve da categoria, avalizada pela maioria de uma concorrida assembleia geral dos professores. A direção do Sintepp defende o acordo como a alternativa mais viável, nas circunstâncias em que se deu. E passa ao largo da crítica de que legitimou os descontos pelos dias parados na última paralisação da categoria, que apenas migraram dos contracheques para o pagamento do retroativo de 2015 dos professores. A nota oficial também desconhece a crítica pelo acordo acatar as condições impostas para o pagamento das aulas repostas, condicionado a disponibilidade financeira do governo e aos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, no que é interpretado como “o calote anunciado”.

É claro o empenho da direção do Sintepp em se defender das críticas ao acordo feito com o governo Simão Jatene. Os dirigentes do sindicato sublinham, na nota oficial, que “precisamos historicizar o que aconteceu, e o esforço feito para que chegássemos a este acordo, que como dissemos anteriormente, inclusive na assembleia, não era o acordo desejado por todos, mas o possível para a suspensão de descontos e ‘limpeza’ das fichas funcionais”. Não sem antes acentuar que os descontos impostos pelo governo Simão Jatene ocorreram na esteira da decisão da categoria em prolongar a greve. A propósito, é dito que “não buscamos aqui responsabilizar setores de nossa categoria que tenham defendido equivocadamente a continuidade da greve”, o que soa inusitado, diante dos fatos: prolongar a paralisação foi uma decisão da maioria dos professores presentes em uma concorrida assembleia geral.

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