quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

TCE – Ministério Público, cadê você?



Em determinadas circunstâncias, calar é mentir. Por isso, a expectativa em torno da postura do MPE, o Ministério Público Estadual, diante do escândalo deflagrado por Suely Miralha Bastos, a servidora comissionada do TCE que, para ser nomeada, foi obrigada a dividir metade dos seus vencimentos com Mônica Bernadete Sampaio da Silva, assessora do presidente do tribunal, conselheiro Luís Cunha. Nos bastidores sabe-se que a falcatrua da qual foi vítima Suely Miralha Bastos é uma prática frequente - ainda que de difícil comprovação - na Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, e na Câmara Municipal de Belém. O que torna o episódio ocorrido no TCE singular é a denúncia ter sido formalizada em expediente, devidamente protocolado, endereçado ao presidente do tribunal, conselheiro Luís Cunha, anexando os comprovantes dos depósitos feitos por Suely Miralha Bastos em nome de Mônica Bernadete Sampaio da Silva.

Daí a pergunta que não quer calar: MPE, cadê você? Na opinião de vastos setores do próprio Ministério Público Estadual, trata-se de uma indagação condenada, em princípio, a permanecer sem resposta, pelo simples fato de Mariana Silva Neves, filha do procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, o Napoleão de Hospício, estar aboletada no TCE. No tribunal, Mariana Silva Neves embolsa pelo menos R$ 11 mil mensais, como assessora da vice-presidente, conselheira Lourdes Lima, uma ex-deputada de perfil fisiológico e pífio desempenho parlamentar, tal qual o presidente, conselheiro Luís Cunha.

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