quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

TCE – Servidora comissionada denuncia nomeação em troca de metade do salário para assessora de Luís Cunha

Luís Cunha, presidente do TCE: silêncio diante da falcatrua da assessora.

Fonte inesgotável de denúncias de improbidade administrativa, que vão de servidores fantasmas a sinecuras que viabilizam o nepotismo cruzado, passando pelas recorrentes suspeitas de que conselheiros se locupletem com as falcatruas que coonestam, o TCE, o Tribunal de Contas do Estado do Pará, está diante de um escândalo sem precedentes pela estarrecedora prova exposta publicamente. Em expediente inusitado, protocolado no último dia 3 de fevereiro, endereçado ao atual presidente do TCE, conselheiro Luis Cunha, uma servidora comissionada, Suely Miralha Bastos, relata ter obtido o cargo ocupado por interferência de uma prestigiada servidora do tribunal, Mônica Bernadete Sampaio da Silva, sob a condição de destinar a esta metade de seus vencimentos, incluindo 13º salário, abonos e um terço das férias. Cedida pela Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, Mônica Bernadete Sampaio da Silva aportou no tribunal, com uma remuneração mensal de R$ 30 mil, como assessora do conselheiro Luis Cunha, um ex-deputado de desempenho parlamentar pífio e notabilizado pelo fisiologismo. Escancarada a falcatrua, ela foi devolvida à Alepa, acompanhada de um ofício contendo caudalosos elogios do presidente do tribunal ao seu desempenho funcional.
Pelo seu inusitado, o episódio configura-se como um escândalo que coloca em xeque a atual administração e o próprio Luis Cunha, a despeito do padrão de licenciosidade do TCE e ainda que esteja em curso uma operação abafa, segundo relatam fontes do próprio tribunal. No seu expediente ao presidente do TCE, Suely Miralha Bastos, a servidora compelida a doar metade dos seus vencimentos em troca do emprego, não poderia ser mais explícita. “Ingressei neste tribunal por indicação da servidora Mônica Bernadete Sampaio da Silva”, relata. “Na época, ao aceitar a indicação, fiquei compromissada de repassar, mensalmente, metade de meu vencimento à servidora em questão, inclusive abonos, 13º salário e até mesmo 1/3 de férias”, prossegue. “Na ocasião também me foi informado que, em janeiro/2016, eu deixaria meu cargo vago e que o mesmo ficaria à disposição da servidora, pois seria ocupado por um parente consanguíneo”, acrescenta, antes do apelo que escancara a desfaçatez despudorada: “Por este motivo estou vindo à presença de Vossa Excelência para verificar a possibilidade de continuar a exercer minhas atividades, sem entretanto ter a obrigatoriedade de transferir para a sra. Mônica metade do que ganho, pois acho isto uma verdadeira injustiça.”

“Sempre que a data de pagamento se aproximava eu era comunicada através de celular ou pelo zap (whatsApp) para que não esquecesse de minha obrigação de transferir o numerário”, sublinha Suely Miralha Bastos, anexando ao expediente os comprovantes dos depósitos efetuados.

5 comentários :

Anônimo disse...

Geeeeeennteeemmmm mais uma da ALEPA. O MP se funcionasse agiria.

Anônimo disse...

É realmente estarrecedor essa "descoberta", mas não se assustem, pois com certeza isso acontece a Decadas e mais não se Iludam se não acontece em outros Órgãos como: TCM, MP com o Famoso Nepotismo Cruzado em Prefeituras e Câmaras espalhados pelo Interior do Estado.

Em São João de Pirabas, quando assumiu o atual prefeito Cláudio Barroso "colocou" os seus a forma de pagamento aos Temporários era a Metade do Salário e haviam Pessoas indicados pela Deputada Estadual na época, Simone Morgado,muita Gente de Bragança seu Reduto Eleitoral, não é verdade prefeito Cláudio Barroso, hoje PSDB, amiguinho do Governador Jatene.

Anônimo disse...

Uma pergunta: prá que serve esse TCE? Nunca reprovou uma única conta de nenhum governador. Acho que deveríamos nos orgulhar neste Estado. Todos os governante tiveram suas contas aprovadas.

Anônimo disse...

17:28, o mais grave é que despesas que são objeto de ações penais e de improbidade ajuizadas pelo MPE, foram aprovadas pelo TCE, como é o caso do empréstimo dos 366 milhões que o TCE aprovou a prestação de contas e o MP ajuizou ação de improbidade.

Anônimo disse...

1º isso é o q acontece com quem quer entrar pela janela atraves de cargo comissionado, nao merecem respeito nem da Lei.

2º ALEPA e TCE sao dois cabides de emprego de luxo... num Estado falido e com povo de educaçao igualmente falida como o nosso nao é de se esperar diferente