domingo, 15 de maio de 2016

UFPA – No tiroteio da sucessão, um leque de denúncias de malfeitos para o Ministério Público Federal apurar



O aforismo segundo o qual políticos só falam a verdade quando brigam entre si também se aplica às cabeças coroadas da UFPA, a Universidade Federal do Pará. Isso é o que se conclui do tiroteio deflagrado pelas postagens do Blog do Barata, no último dia 11, sobre a sucessão do reitor Carlos Maneschy, prematuramente antecipada pelo Consun, o Conselho Universitário, na contramão do que determinam o estatuto e o regimento geral da UFPA e, por isso, com claras tinturas de golpismo, do qual é beneficiário o candidato chapa-branca, Emmanuel Zagury Tourinho, até recentemente pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. O leque de denúncias, a começar pela acusação de que o estatuto e o regimento geral da universidade foram atropelados, certamente justificam uma intervenção do Ministério Público Federal.

Pré-candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, sob o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba do partido no Pará, Maneschy decidiu antecipar a sua sucessão, atropelando o estatuto e o regimento geral da UFPA, ao convocar eleições, sem que ele e seu vice, Horácio Schneider, tenham renunciado. Segundo denunciou a Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, pelos artigos 20 do Estatuto e 74 do Regimento Geral, em caso de vacância simultânea dos cargos de reitor e de vice-reitor, assume a reitoria o decano do Consun, ao qual caberá convocar novas eleições. A manobra foi interpretada como um ardil para Maneschy emplacar como sucessor um títere, valendo-se para tanto da máquina administrativa, e garantir seu quinhão no atraente feudo eleitoral que é a UFPA, cujo exacerbado corporativismo protege seus corruptos e corruptores e escamoteia as mazelas e os desvios éticos da instituição.

Um comentário :

Anônimo disse...

São graves as denúncias que chegaram semana passada na UFPA envolvendo Maneschy e Ortiz em relação à aplicação dos recursos da orla do Campus! Ortiz está inelegíveis perante o TCU os desvios passam de 10 milhões de reais